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Corrupção volta a atingir Azzurra

EURO-2012
Lateral é cortado da Itália por suposta ligação com máfia de placares arranjados

DE SÃO PAULO

Às vésperas de uma grande competição internacional, um escândalo de manipulação de resultados eclode no meio do futebol italiano e atinge em cheio a Azzurra.

O filme que precedeu as conquistas das Copas do Mundo de 1982 e 2006 já ganhou nova versão para 2012.

O técnico Cesare Prandelli reduziu ontem a lista de pré--convocados da Itália para a Eurocopa para 25 jogadores.

Entre os sete cortados está o lateral esquerdo Domenico Criscito, que era titular da seleção e nome certo no torneio que começa em 8 de junho.

O jogador do Zenit São Petesburgo-RUS foi excluído da convocação após suspeitas de envolvimento com uma rede de fabricação de placares para favorecer apostadores.

Dois carros da polícia visitaram às 6h25 (de Brasília) de ontem a concentração italiana de Coverciano, em Florença, para notificar o atleta.

Fotos mostram Criscito conversando com supostos integrantes da máfia, quando ainda defendia o Genoa (transferiu-se no ano passado). Ele alega que se tratava de torcedores comuns.

"Não estou levando Criscito porque ele está sob uma pressão que nenhum homem pode suportar", justificou o treinador, depois do corte.

Além do lateral, o zagueiro Leonardo Bonucci, da Juventus, também está sob investigação por episódios ocorridos quando atuava no Bari. Porém, ele foi mantido na lista por já ter dado depoimento, explicou Prandelli.

Os dois casos foram detectados por uma operação batizada "Última Aposta".

Desde o ano passado, a polícia italiana investiga uma série de placares armados e apostas ilegais ocorridos na temporada 2010/11 em todos os escalões do futebol local.

Ao todo, 22 clubes e 61 jogadores e ex-atletas (a maioria da Série B) foram notificados. O ex-atacante Signori e o meia Doni foram presos.

Só ontem, foram mais 19 prisões. Entre elas, a do meia Stefano Mauri, capitão da Lazio e várias vezes convocado por Prandelli para a seleção.

O técnico Antonio Conte, campeão nacional com a Juventus, é outro que está sendo investigado. Mas pelo período em que dirigiu o Siena.

A Juventus foi a protagonista do escândalo de corrupção descoberto pouco antes da Copa do Mundo de 2006 e foi punida com a cassação de dois títulos e o rebaixamento para a segunda divisão.

Cinco jogadores da seleção que levou o tetracampeonato mundial na Alemanha defendiam o time de Turim, inclusive o capitão Cannavaro.

Em 1982, a Itália havia vencido a Copa com Paolo Rossi, um centroavante que mal havia saído de uma suspensão de dois anos por envolvimento com máfia de apostas ilegais, como destaque.

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