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Lado B

Após duas boas atuações, seleção comete erros e sofre o pior revés da era Mano

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A DALLAS

Brasil 0

México 2
Giovani dos Santos, aos 22min, e Chicharito, aos 32min do 1º tempo

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A seleção brasileira mostrou ontem seu lado B, sua cara mais feia: perdeu por 2 a 0 para o México.

O resultado ocorre quatro dias depois da primeira goleada da era Mano Menezes sobre os EUA. E, assim, foi interrompida uma série invicta de dez jogos -sendo oito vitórias seguidas. A última derrota foi em agosto de 2011.

Ontem também foi o pior revés nos 24 jogos da equipe sob o comando do treinador.

Nos outras três derrotas, a seleção havia sido batida por um gol de diferença por Argentina, França e Alemanha.

O time de Mano não foi dominado pelo México, mas a diferença da média de idade (22,5 contra 27) ficou evidente desde o início da partida.

O Brasil corria muito, às vezes sem saber para onde. O México demonstrava uma estratégia mais sólida e mais convicção nas jogadas.

Na metade do primeiro tempo, esta jovem seleção brasileira foi apresentada a uma situação inédita: jogar atrás do placar. E mostrou-se ainda longe de estar pronta para se adaptar e superar essa situação adversa.

Num contra-ataque do México, Giovani dos Santos escapou pela esquerda, superou a marcação de Danilo e, quase sem ângulo, deu um leve toque por cobertura em direção à área. A bola encobriu o goleiro Rafael: 1 a 0.

O Brasil tentava impor ao México o mesmo ritmo que havia exibido diante de Dinamarca e Costa Rica.

Mas nunca conseguiu. Os mexicanos marcavam bem, deixavam o time de Mano trocar passes à vontade, mas não corriam nenhum risco.

A seleção brasileira, ao contrário, quanto mais tentava pressionar, mais ficava expostas aos contra-ataques.

A inexperiência também cobrou seu preço. Rômulo errou ao sair jogando, e Juan derrubou Giovani dos Santos dentro da área. Chicharito converteu o pênalti e ali, aos 32min do primeiro tempo, a partida estava decidida.

A jovem seleção olímpica do Brasil nunca soube como sair das armadilhas defensivas propostas pelo México.

Até a lucidez de Oscar, visível nos primeiros minutos, desapareceu aos poucos. Neymar e Hulk correram muito, mas nada produziram.

Leandro Damião teve sua terceira atuação apagada em sequência. Acabou novamente substituído por Pato -que perdeu chance clara dentro da pequena área.

Mano trocou também mais de meio time após o intervalo. Mas as entradas de Lucas, Casemiro e Wellington Nem não mudaram o panorama.

O capitão Thiago Silva pediu para ser substituído, com dores no joelho direito.

No sábado, em Nova Jersey, a seleção brasileira enfrentará a Argentina, em seu terceiro jogo pelos EUA. Será o último dessa série de amistosos para a Olimpíada.

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