Nadal encara Djokovic em jogo histórico

	Bernat Armangue/Associated Press
	Rafael Nadal rebate a bola na vitória sobre David Ferrer

Melhores tenistas da atualidade, o sérvio Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal disputam amanhã uma final histórica em Roland Garros.

Nadal busca um feito inédito no Grand Slam francês, enquanto Djokovic tenta algo que nem Nadal nem Roger Federer conseguiram.

Vice-líder do ranking, o espanhol pode conquistar amanhã seu sétimo título no saibro parisiense, o que o isolaria como o maior vencedor do Grand Slam francês -atualmente, Nadal divide a honra com o sueco Bjorn Borg.

Já o número um do mundo disputa sua primeira final de Roland Garros e tenta se tornar o primeiro homem, desde o australiano Rod Laver, em 1969, a ganhar quatro Grand Slams seguidos.

Nadal e Federer já conseguiram o Career Grand Slam (conquista dos quatro torneios que formam a principal série do tênis mundial), mas nunca detiveram todos os títulos simultaneamente.

Será a quarta vez seguida que Djokovic, 25, e Nadal, 26, decidem um Grand Slam.

O sérvio levou a melhor nas três anteriores, mas diz que Nadal é o favorito agora.

"Nunca consegui ganhar um set dele neste torneio", disse Djokovic, que enfrentou Nadal três vezes em Roland Garros. "Todos os fatos estão do lado dele, mas confio em mim e tenho chance."

Nadal faz uma campanha impecável nesta temporada. Chegou à final sem ceder sets e ontem aniquilou o compatriota David Ferrer, sexto do mundo, por 6/2, 6/1 e 6/1.

"Considerando o que aconteceu até agora, posso dizer que o torneio tem sido excelente", afirmou Nadal, que só perdeu uma vez (em 2008) em 52 jogos em Roland Garros.

A caminhada tranquila do espanhol foi bastante diferente da campanha do rival.

Nas quartas de final, Djokovic ficou perto da derrota, quando o italiano Andreas Seppi abriu 2 sets a 0.

A eliminação ficou ainda mais próxima na rodada seguinte, quando precisou salvar quatro match points contra o francês Jo-Wilfried Tsonga, quinto do mundo.

Na semifinal, porém, o número um conseguiu uma vitória incontestável. Ele precisou de apenas duas horas e cinco minutos para derrotar Federer, responsável por sua eliminação na semifinal de 2011, com 6/4, 7/5 e 6/3.

"Contra Nadal, não posso me permitir tantos altos e baixos", disse o sérvio, que acrescentou ter uma "chance de ouro" para fazer história. "Isso me motiva, realmente me inspira. Estou grato por estar nessa posição."

Recordista de títulos de Grand Slams (16), Federer foi questionado sobre a final e apostou em Nadal.

"Minha escolha não é surpreendente. É obviamente o Rafa. Tenho certeza de que vai ser um bom jogo", disse.

A organização do torneio já trabalha com a possibilidade de transferir o duelo para segunda por causa do mau tempo. Ontem, a chuva interrompeu as duas semifinais.