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Seleção agora desfruta do melhor Messi

ARGENTINA
Antes criticado, astro se diz feliz após anotar 3 gols no Brasil

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A NOVA JERSEY

Os três gols na vitória por 4 a 3 sobre a seleção do Brasil anteontem, nos EUA, levaram Messi a finalmente ganhar respeito em seu país.

Do craque já se falou de tudo na Argentina: que não sabe cantar o hino, que é catalão, que só joga bem quando cercado de Xavis e Iniestas.

Mas, com o técnico Alejandro Sabella, o astro achou seu lugar na seleção, passou a produzir como no Barcelona e acabou com as ressalvas.

Na vitória sobre o Brasil, Messi jogou como um segundo atacante, um pouco mais longe do gol que seu parceiro Higuaín. Partiu da intermediária para anotar os gols que decidiram a partida.

E fez mais. Segundo o Datafolha, o camisa 10 foi o jogador mais acionado do time -recebeu 32 bolas. Foi também quem mais driblou (seis vezes) e quem mais finalizou (seis, quatro delas no alvo).

Por mais que às vezes pareça disperso, caminhando com a cabeça baixa, Messi sempre participa do jogo.

Puxa marcadores, abre espaços para companheiros e, acima de tudo, faz gols. Já anotou sete nos três jogos que disputou neste ano. Aos 24 anos, tem 26 gols e é o quarto maior artilheiro da Argentina, atrás de Maradona (34), Crespo (35) e Batistuta (56).

"Não somos o Barcelona, não temos os jogadores do Barcelona, mas tentamos aproveitar o melhor de Messi", disse Alejandro Sabella.

Messi teve cinco técnicos na seleção e nunca rendeu tanto como neste momento.

Com José Pekerman, que o levou à Copa-2006, foram dez jogos e dois gols. Alfio Basile o escalou em 24 partidas, e ele anotou oito tentos. Com Maradona, 16 jogos e só três gols -nenhum na Copa-2010.

Sergio Batista falou abertamente em copiar o Barcelona para acomodar o craque e nunca conseguiu: 11 jogos e quatro gols. Com Sabella, já são nove gols em nove jogos.

Apesar do ano ruim no clube -perdeu Copa dos Campeões e Espanhol-, Messi disse que sai de férias "tranquilo e feliz". "Queria terminar bem a temporada com a seleção e, por sorte, se deu. É raro um jogo entre Brasil e Argentina terminar 4 a 3."

Após o jogo, viu Neymar pedir sua camisa. Deu. E depois foi tietado pelos próprios companheiros, que postaram fotos com ele na internet.

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