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Nadal faz história em Roland Garros

TÊNIS
Espanhol bate Djokovic e se isola como o maior campeão em Paris, superando os seis títulos de Borg

Nir Elias/Reuters
Nadal vibra com o sétimo título em Roland Garros
Nadal vibra com o sétimo título em Roland Garros

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

"His7ory".

A maneira encontrada por Rafael Nadal e sua equipe para comemorar a vitória de ontem em Paris sintetiza bem o feito obtido pelo espanhol.

Ao derrotar o número um do mundo, o sérvio Novak Djokovic, por 6/4, 6/3, 2/6 e 7/5, Nadal conquistou Roland Garros pela sétima vez e se isolou como o maior campeão do maior torneio no saibro.

Ele dividia essa condição com o sueco Bjorn Borg.

"Para mim é uma verdadeira honra. A comparação com o Borg é fantástica", disse o heptacampeão. "Ele é um dos maiores e um dos mais carismáticos tenistas da história."

A lista de multicampeões do Grand Slam francês oferece a dimensão do feito de Nadal. Após o sexto título de Borg, em 1981, quem mais se aproximou do sueco conseguiu chegar apenas à metade do trajeto: Gustavo Kuerten, Ivan Lendl e Mats Wilander.

Antes de Borg, os franceses Henri Cochet (quatro) e René Lacoste (três) figuravam como os maiores campeões.

Além disso, o aproveitamento de Nadal é superior ao de Borg. Em 53 partidas, o espanhol foi derrotado somente uma vez. O sueco jogou menos e perdeu mais (duas derrotas em 51 partidas).

Borg abandonou a carreira aos 26 anos, idade atual de Nadal, que parece distante de cogitar a aposentadoria.

"Realmente não sei mais quantos anos vou jogar. É impossível prever o futuro", afirmou. "Mas acordo todos os dias com a motivação suficiente para treinar e continuar melhorando", completou.

Ele tranquilizou um jornalista alemão preocupado com sua participação na grama de Halle, nesta semana, após duas semanas em Paris.

"Amanhã [hoje] estarei lá. Vou treinar à tarde. Jogarei duplas na quarta e simples na quinta, se não me machucar hoje à noite", brincou.

Ao se consagrar como o maior campeão de Roland Garros, Nadal também impediu que Novak Djokovic alcançasse outro feito.

O sérvio buscava o quarto título seguido de Grand Slam. Somente outros dois tenistas conseguiram isso na história -o último foi o australiano Rod Laver, em 1969.

O espanhol já havia passado por essa situação outras duas vezes, nas finais de Roland Garros em 2006 e 2007, contra o suíço Roger Federer.

A decisão teve interrupções pela chuva e, pela primeira vez desde 1973, não terminou no domingo.

Ontem, o jogo foi retomado com a vitória parcial (2 sets a 1), mas em uma situação delicada para o espanhol.

Djokovic tinha 2 a 1 e saque no quarto set. Mas Nadal quebrou logo no game inicial. O jogo continuou equilibrado até o 12º game. No serviço rival, o espanhol obteve o match point e pôs pressão no sérvio, que cometeu dupla falta.

Além do recorde, o tenista de Manacor atingiu outras marcas importantes.

Chegou ao seu 50º título (é o décimo jogador a atingir a marca no profissionalismo, a partir de 1968) e ao 11º Grand Slam, empatado com Rod Laver. Apenas Federer (16) e Roy Emerson (12) têm mais.

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