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Motor

FÁBIO SEIXAS fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Transbordando

O GP foi dos melhores, o recorde foi superado mais uma vez, Hamilton teve um desempenho arrasador, a estratégia de Alonso rendeu polêmica...

Mas a pitada histórica da corrida de Montréal talvez tenha acontecido nos boxes, a 26 voltas do fim. Enquanto Hamilton tentava se desgarrar de Alonso lá na frente, a TV mostrava uma Mercedes entrando nos boxes, com a asa traseira aberta, travada.

Na volta seguinte, uma quase tragicomédia: mecânicos se apoiando na asa, jogando o peso sobre ela, tentando resolver na marra. Só faltou a cena das marretadas. Mas não deu.

Schumacher abandonou mais uma vez.

Na Austrália, abertura do Mundial, o câmbio quebrou. Na China, um mecânico errou na troca de um pneu e ele ficou pelo caminho -e, para piorar, seu colega, Rosberg, venceu a corrida. Na Espanha, bateu em Bruno. Em Mônaco, o problema foi de pressão de combustível.

Ou seja: de sete corridas, o alemão só terminou duas, Malásia e Bahrein. E, dos cinco abandonos, quatro aconteceram por problemas fora do seu alcance: quebras do carro ou erros da equipe.

O resultado está na tabela do Mundial. Schumacher é o último entre os que pontuaram, à frente apenas dos pilotos das nanicas Hispania, Marussia e Caterham.

Soa estranho. "Schumacher" e "último" são palavras que não combinam -pelo menos desde que Ralf parou. Daí os relatos de que o maior vencedor da F-1 saiu do circuito de Montréal irritado, bufando, ainda durante a corrida, deixando para trás a reunião de praxe com os engenheiros.

Quando decidiu voltar, Schumacher sabia que enfrentaria dificuldades.

No primeiro ano, o maior obstáculo foi tirar a poeira dele mesmo. No segundo, o difícil desenvolvimento do carro. Agora, quando a Mercedes tem um carro rápido, é o mais puro azar.

O contrato do alemão termina no fim do ano, e pode ter sido o último se sua paciência se esgotar. Montréal pode não ter sido a gota d'água. Mas o copo está bem cheio.

Le Mans

LARGADA

Cinquentas e seis carros largarão no próximo fim de semana para a 80ª edição das 24 Horas de Le Mans. Na categoria principal, LMP1, serão 13 protótipos. A ausência da Peugeot torna a Audi grande favorita. A principal novidade é a volta da Toyota, após um hiato de 13 anos e uma experiência fracassada na F-1. A largada será às 11h de sábado (horário de Brasília).

INDY

CHEGADA

Em Indianápolis, Sato bateu na última volta, sacramentando o tri de Franchitti. No Texas, Rahal-filho tocou o muro a duas voltas do fim, perdeu ritmo, e Wilson conquistou sua terceira vitória na categoria. No final de semana, pela terceira vez no ano, a Indy corre num circuito oval. Acho que vale a pena dedicar uma atenção especial às últimas voltas, no mínimo.

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