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Cartolas e atletas esquentam decisão

Declarações de jogadores e polêmica entre dirigentes sobem temperatura do jogo que define vaga na final

DO ENVIADO A SANTOS
DE SÃO PAULO

Seria difícil imaginar um clássico que também é uma semifinal de Libertadores não se transformar em polêmica.

Quando o confronto entre Santos e Corinthians esquentou em campo, cartolas trataram de apimentar o duelo.

Na partida de ida, Neymar irritou os corintianos após falta dura em Leandro Castán, que lhe rendeu um amarelo.

Para os atletas do time da capital, a jogada valia uma expulsão. O santista, logo depois, sofreu a falta que rendeu o vermelho a Emerson.

Até mesmo um vídeo em que Neymar aparece falando que "forçou" a expulsão de Emerson virou assunto entre os atletas do Corinthians.

Mas a polêmica de verdade começou fora de campo.

Foi quando o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, despertou a ira dos corintianos ao sugerir favorecimento do rival pela CBF, que não convocou jogadores de Tite na última série de amistosos da seleção.

O santista também reclamou que os jogos pelo time nacional cansaram Neymar.

Luis Paulo Rosenberg, vice corintiano, respondeu dizendo que Luis Alvaro usou "motivo torpe", o que irritou o presidente santista.

Andres Sanchez, ex-presidente do Corinthians e diretor de seleções da CBF, também foi atacado e rebateu.

Neymar, pivô da polêmica, tentou esfriar os ânimos.

"São dois dirigentes de que eu gosto muito, e isso é problema deles. Vou fazer um churrasco e chamar os dois", disse o atacante do Santos.

Antes mesmo do primeiro jogo já havia polêmica.

O santista Fucile publicou em seu perfil no Facebook uma receita de como preparar um prato de "11 gambas", ou camarões, em espanhol.

Os corintianos são apelidados de gambás pelos rivais.

O presidente do Santos chegou a telefonar para cartolas corintianos para se desculpar pela brincadeira.

Também antes do jogo da semana passada, Neymar declarou que sonha repetir uma decisão entre Santos e Boca Jrs. (já aconteceu em 1963 e 2003), o que foi interpretado como outra provocação.

"Para quem não entendeu, repito: falei que uma final com o Boca seria bonita, mas que tínhamos um jogo muito difícil contra o Corinthians", declarou Neymar, ontem.

No duelo na Vila Belmiro, há uma semana, o clima armado era de "guerra".

A polícia proibiu um mosaico da torcida santista que lembrava dos três títulos continentais, assim como faixas alusivas aos 7 a 1 impostos pelos corintianos em 2005.

Em vão: houve fogos na madrugada em frente ao hotel em que o Corinthians se hospedou e pichações nos muros em volta da Vila Belmiro. "Isso não influencia em nada. Temos que fazer nosso trabalho", disse Paulinho. (ADRIANO WILKSON E LUCAS REIS)

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