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Motor

FÁBIO SEIXAS fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Rio e Le Mans

O mais viajandão poderia enxergar algum simbolismo no fato de o jantar de abertura da Rio+20 ter acontecido na Arena da Barra, onde, um dia, existiu um autódromo.

Uma vitória do verde, mais um golpe contra os combustíveis fósseis, um claro sinal dos novos tempos, blá-blá-blá.

Neste caso específico, balela. O motivo foi bem menos nobre, para não dizer podre.

(E um novo circuito deve ser construído no Rio, diga-se, destruindo inclusive um pedaço de Mata Atlântica.)

No âmbito das discussões, o mesmo. Tirando uma ou outra iniciativa isolada, a indústria automotiva passou ao largo da conferência da ONU. Ciente da função de vidraça, preferiu o papel da omissão.

Nesse universo, o esporte a motor assume ares de demônio. Com certa razão, não há como negar: são veículos que passam horas queimando combustível para não levar ninguém a lugar nenhum, com o objetivo de divertir pessoas e vender mais veículos.

Mas há esperanças.

A Indy utiliza etanol desde 2007. Na F-1, o Kers é uma tecnologia limpa. E há planos para uso de motores menores, V6, a partir da temporada de 2014.

Nos EUA, já existe até uma liga para veículos elétricos, com três categorias. Por aqui, há tempos, campeonatos regionais correm empurrados pelo álcool.

Mas o maior exemplo de que há uma saída veio no final de semana, em Le Mans.

A Audi conquistou a mais tradicional prova do endurance com um modelo híbrido -aliás, fez dobradinha. O modelo e-tron é equipado com um motor a diesel, conectado ao eixo traseiro, e um elétrico, ligado às rodas dianteiras e que é carregado num sistema parecido com o Kers.

Pelo mundo, não foram poucos os jornais que anunciaram o resultado como um triunfo da tecnologia verde.

Quem sabe daqui a uns anos, na Rio+40, o automobilismo não dá as caras?

Como exemplo de que algo pode ser feito. Talvez não como anjo, mas também não como demônio.

F-1

PRESENTE

Massa diz que adotou uma direção diferente da usada por Alonso no acerto do carro e que, assim, está se sentindo mais confortável. Já a McLaren afirma que resolveu os problemas que vinham prejudicando o desempenho de Button. Veremos no final de semana, em Valencia. O retorno dos dois seria uma ótima notícia para um campeonato já tão equilibrado.

F-1

FUTURO

É difícil dizer "nunca vai acontecer" na F-1, mas as declarações de Domenicali e Ecclestone sobre uma eventual dupla Alonso-Vettel na Ferrari têm jeito de estratégia para criar assunto onde não há. O inglês, aliás, adora esse tipo de factoide. Uma coisa é os dois campeões terem um relacionamento cordial. Outra é dividirem as atenções de uma mesma equipe.

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