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Neymar vira meia, e Santos só empata

SÉRIE A Astro do clube joga em nova função, marca um gol, mas time continua sem vitórias no Brasileiro

ADRIANO WILKSON
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Santos 2
Edu Dracena, aos 31min do 1º tempo, e Neymar, aos 25min do 2º tempo

Coritiba 2
Rafinha, aos 4min, e Lincoln aos 29min do 2º tempo

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Neymar está em mutação. Começou há três jogos, quando ele teve de aprender a dar um passe atrás para permitir ao Santos dar dois à frente.

Agora, ele está jogando como um armador, como se fosse um Paulo Henrique Ganso. Não comprometeu nessa nova função. Ontem, fez até gol de oportunismo na área.

Mas não foi o suficiente para ajudar o Santos a conquistar sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro.

Duas falhas defensivas permitiram ao Coritiba empatar duas vezes. E o Santos é um dos três times que ainda não venceram após seis rodadas do Nacional -Palmeiras e Atlético-GO são os outros.

Recém-eliminada da Libertadores, a equipe está em 18º no Brasileiro, na zona da degola, com apenas 4 pontos.

É possível apontar alguns culpados para o empate que acabou ficando com sabor de derrota por ter sido em casa.

O capitão Edu Dracena fez, de cabeça, o gol que abriu o placar, mas depois entregou a bola no pé do adversário, deu contra-ataque e permitiu o primeiro empate do jogo.

O lateral Maranhão também foi mal e fez o pênalti que resultou no empate derradeiro, gol do meia Lincoln.

Elano foi o santista que, quantitativamente, mais errou no jogo. Perdeu um gol feito logo nos primeiros minutos, errou cruzamentos e protagonizou um lance esquisito em que bateu uma falta para si mesmo, numa subversão incrível do regulamento.

Mas os dois acertos de Elano no jogo deram em gol.

De seus pés saíram os cruzamentos para o primeiro tento, de Dracena, e para o segundo, de Neymar. Ele completou desvio do apagado Alan Kardec, que fez seu último jogo pelo Santos.

No primeiro tempo, parecia que a estratégia de recuar Neymar daria certo. Ele recebia a bola na intermediária, muitas vezes de costas para o ataque, saía da marcação em poucos toques e encontrava um companheiro livre com um passe preciso.

Mas, no segundo tempo, tudo mudou. O Santos se apagou, assustado com o ímpeto do Coritiba, que usou time misto, preocupado com as finais da Copa do Brasil.

O empate frustrante levou a torcida a vaiar o Santos, o mesmo time que jogava sob gritos de "olé" há dois meses.

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