Corintianos devem enfrentar caos em Buenos Aires, com greve de caminhoneiros e falta de táxi

Os torcedores corintianos que foram a Buenos Aires devem enfrentar hoje um dia de caos na capital argentina.

Um protesto de sindicalistas pode parar a cidade.

Seguindo a ordem da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, a polícia local declarou que não vai escoltar os manifestantes, o que pode aumentar a bagunça. O comércio do centro da cidade se prepara para ficar fechado durante boa parte do dia.

Rivais dos sindicatos dos caminhoneiros, que estão envolvidos nos protestos, os taxistas temem que seus carros sejam destruídos e muitos deles falam em não rodar hoje, dificultando a ida dos corintianos para a Bombonera e principalmente a volta - alternativa, o metrô fecha antes do final da partida.

Ontem, torcedores brasileiros foram às ruas tentar comprar ingressos. Muitos deles compraram tíquetes para setores destinados à torcida da equipe da casa, pagando até o dobro do valor inicial.

Os torcedores de organizadas do Corinthians também podem ter problemas com a polícia local durante o jogo decisivo de hoje à noite.

Ontem, em voo de São Paulo para Buenos Aires, membros de facção do clube brasileiro diziam que já haviam acertado com integrantes de organizada do Independiente, um dos rivais do Boca, a compra de sinalizadores, que entrariam na Bombonera burlando a fiscalização.

O uso de sinalizadores pela torcida é um dos motivos que quase levaram o estádio portenho a ser interditado para o confronto de hoje.

Após prometer que negociaria com autoridades a instalação de telão em São Paulo para o jogo de hoje, o vice do clube, Luis Paulo Rosenberg, não levou à frente a ideia. O plano foi refutado pelo tempo escasso para a organização do evento. Na sede da Gaviões, a maior organizada corintiana, haverá um telão. Torcedores com camisa da equipe não pagam entrada. (LUCAS REIS E PAULO COBOS)