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Clube demite Leão, seu 5º comandante em três anos

SÃO PAULO
Na contramão de rivais, time coleciona dispensas e fracassos

DE SÃO PAULO

Terminou ontem a segunda e tumultuada passagem do técnico Emerson Leão pelo São Paulo. A demissão foi definida pela manhã e anunciada pelo próprio treinador em coletiva de imprensa.

Leão foi o quinto técnico a comandar a equipe desde o fim da era Muricy Ramalho no Morumbi, em 2009.

A atitude do São Paulo vai de encontro ao que os outros três grandes clubes do Estado têm feito nos últimos anos.

Os trabalhos de longo prazo dos treinadores se tornaram comuns no Corinthians, no Palmeiras e no Santos.

Em todos eles, os comandantes já completaram ao menos um ano no cargo.

O caçula é justamente Muricy Ramalho, que chegou ao Santos em abril de 2011. O mais longevo é Luiz Felipe Scolari, no Palmeiras há praticamente dois anos. Tite dirige o Corinthians desde a reta final do Brasileiro de 2010.

A comparação dos resultados conquistados pelos quatro grandes coloca a atual política tricolor em xeque.

O Santos venceu dois Paulistas e uma Libertadores, o Corinthians é o atual campeão Brasileiro -e hoje começa a disputar sua primeira final sul-americana-, enquanto o Palmeiras lutará pela Copa do Brasil em julho.

Desde a saída de Muricy, tricampeão nacional no clube, no meio de 2009, o São Paulo colecionou fracassos.

O último, a eliminação na semifinal da Copa do Brasil, foi o estopim para a queda de Leão, que ainda dirigiu o time na derrota para a Portuguesa, no sábado, mas sob intensos protestos da torcida.

"O São Paulo estava entrando em campo desarrumado, torto", justificou Juvenal.

Sem um substituto engatilhado, o auxiliar Milton Cruz assume o time como interino, apesar da ressalva de membros da diretoria, que temem um desgaste do assistente com os torcedores -faixas na última partida o acusavam de ser empresário de atletas.

Leão não contava com o apoio irrestrito dos chefes há tempos. O episódio do afastamento do zagueiro Paulo Miranda, decidido por cartolas a contragosto do técnico, quase derrubou o treinador.

"Foi um momento de divergência séria. Eu não concordava e banquei o atleta como titular da equipe", disse Leão. "Sobre a saída, não foi surpresa para mim", concluiu.

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