Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Sem arte

Espanha é anulada por Portugal, sofre, mas vence nos pênaltis e agora tentará ser a primeira bicampeã em sequência da Euro

DE SÃO PAULO

A Espanha vai a campo no domingo para tentar ser a primeira seleção a conquistar duas edições consecutivas da Eurocopa e assim comprovar a mudança de status que começou quatro anos atrás.

Mas, para poder brigar por seu terceiro título continental, a Fúria teve de superar seu maior obstáculo em nove mata-matas. Duelos que fizeram um time conhecido por falhar na hora da decisão ser capaz de vencer na sequência Euro e Copa do Mundo.

A seleção espanhola foi completamente engessada pela forte marcação exercida por Portugal, passou 120 minutos em branco e só conseguiu a classificação para a final na decisão por pênaltis.

Na disputa de tiros livres, saiu atrás. A primeira cobrança, de Xabi Alonso, foi defendida por Rui Patrício. A igualdade veio com o salto de Casillas para espalmar chute de João Moutinho. E a vantagem, no quarto pênalti português, com a bola de Bruno Alves que bateu no travessão.

Coube a Fàbregas a missão de converter o quinto tiro e privar Cristiano Ronaldo da chance de participar da decisão -seria ele o responsável pela última cobrança lusa.

O empate por 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, com um 4 a 2 nos pênaltis, repete a situação do triunfo sobre a Itália, nas quartas de final da Eurocopa de 2008.

Essa tinha sido, até então, a única vez que a Espanha havia estendido até as penalidades uma disputa mata-mata na sequência de sucessos iniciada quatro anos atrás.

Dos nove jogos de playoff que disputou, a equipe vermelha ganhou sete com a bola rolando, sendo cinco por 1 a 0. E não sofreu nenhum gol.

Ontem, mal teve chances de conseguir até seu mais tradicional e econômico placar.

Quem esperava um confronto entre um time e um jogador ficou decepcionado.

Foi a seleção portuguesa, e não Cristiano Ronaldo, seu principal jogador e personagem quase desapercebido ontem, que fez os espanhóis imaginarem a eliminação.

Os homens de frente pressionaram a saída de bola, fazendo com que a Fúria sentisse o mesmo que costuma provocar nos rivais. Os jogadores de meio de campo impediram o tradicional toque de bola espanhol. A linha defensiva saiu de campo toda amarelada de tanto excesso de disposição em desarmar.

E o goleiro Rui Patrício, na única vez em que foi realmente exigido, salvou em chute à queima-roupa de Iniesta.

A Espanha tentou de tudo para escapar dos pênaltis. Usou a partir do segundo tempo uma formação sem centroavante, trocou Xavi, o cérebro do time, pelo atacante Pedro e abdicou do seu estilo tradicional para tentar uma pressão no final.

Nada deu certo. Ainda assim, foi à final. Hoje descobre se contra Alemanha, a quem venceu na final de 2008, ou Itália, a quem eliminou no mesmo ano nos pênaltis.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.