Sem gols e pouco decisivo, Iniesta é eleito o craque

O melhor jogador da Euro não balançou as redes uma única vez, deu só um passe para gol e nem impediu tentos com defesas ou desarmes milagrosos.

Ao escolher Andrés Iniesta, 28, como craque da competição, a Uefa mostra ter compreendido o jogo coletivo da Espanha.

Um futebol em que os jogadores mais importantes não são necessariamente os que decidem as partidas, mas os que permitem que as partidas sejam decididas pela vencedora das duas últimas Eurocopas.

O meia do Barcelona não foi o homem do último passe, mas sim o do penúltimo. Foi ele que limpou o lance do gol de David Silva, que abriu para goleada sobre a Itália, na decisão.

Iniesta também se salvou das críticas que se abateram sobre a Espanha durante a Euro. Afinal, era quem tentava dribles ou passes mais verticais para quebrar o ritmo do time.

"Ele simbolizou o torneio: foi criativo e incisivo tendo ou não a bola", explicou o diretor técnico da Uefa, Andy Roxburgh.

Além dele, que sucede o companheiro de clube e seleção Xavi como craque da Euro, outros nove espanhóis entraram na seleção dos 23 melhores. A Itália, vice-campeã, emplacou quatro nomes. (RAFAEL REIS)