Vai?

Não

"A gente vai ficar ilhado", diz a moradora e membro da Associação Viva Pacaembu Iênidis Benfati diante das recomendações da Polícia Militar para a final de hoje.

Segundo a PM, os moradores do bairro da zona oeste devem evitar chegar ou sair de casa de "três horas antes a uma hora depois" do jogo.

De acordo com o capitão Eliel Pedro Tomazi, duas horas antes da partida a situação no entorno já vai ficar "complicada devido à grande quantidade de torcedores". Ele alerta que as pessoas só começam a entrar no estádio cerca de meia hora antes do apito inicial.

"Os torcedores ficam ali se divertindo, soltando fogos, bebendo, alguns ficam um pouco alegres demais."

Por isso, diz, o melhor é que os moradores evitem as grandes aglomerações.

"Quando a polícia nos orienta a não sair de casa e não retornar, onde está nossa garantia de segurança?", pergunta Iênidis.

Para a moradora, o batalhão de choque, que faz a segurança das partidas, tem foco apenas no torcedor.

Como haverá bloqueios nas ruas próximas ao estádio, o acesso dos moradores das imediações só poderá ser feito com autorização da CET e do policiamento no local.

Moradores deverão se identificar quando chegarem aos bolsões de bloqueio e serão acompanhados por um policial até suas casas.

As duas estações de metrô mais próximas ao estádio são Clínicas (linha 2, verde) e Marechal Deodoro (linha 3, vermelha). Ambas terão segurança reforçada para o jogo.

O horário do funcionamento do metrô, normalmente até meia-noite, não será ampliado. A empresa aconselha a compra antecipada de bilhetes para evitar tumultos.

As 65 linhas de ônibus que atendem as avenidas Pacaembu, Dr. Arnaldo e General Olímpio da Silveira também vão funcionar normalmente.

Já para quem pretende pedir comida a domicílio, recomenda-se ficar atento hoje.

Restaurantes contatados pela Folha disseram que o tempo de espera pelas entregas pode ser maior. Alguns estabelecimentos colocaram entregadores a mais para atender à demanda durante a final da Libertadores.