Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Independência das Américas chega sob a lua de São Jorge

JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA

Sob a lua de São Jorge, ontem, 4 de julho, o dia da independência corintiana na América, fez sete meses da morte do Doutor Sócrates.

E, como no dia em que ele morreu, a Fiel chegou ao paraíso ao ver o time ganhar a única grande taça que faltava em sua sala de troféus.

Para tanto, foi preciso desbancar o Boca Juniors, papão da Libertadores nos anos 2000 -quatro títulos.

O que só foi possível porque Romarinho, o número 21 no 21º aniversário da eliminação corintiana pelo mesmo Boca, calou a Bombonera.

Aquela eliminação marcou o início da obsessão corintiana por uma taça que os três maiores rivais conquistaram nos anos 60 e nos 90.

Simbolismos à parte, a apoteose aconteceu num cenário digno de Spielberg, um Pacaembu feérico e superlotado. Havia uma força estranha no ar, como a de 13 de outubro de 1977, que não era de maio, mas libertou o Timão de uma maldição.

Nada que ventasse contra seria capaz de dissipar aquela energia, porque estava escrito que seria a noite da vitória. A taça está no Parque São Jorge, o dono da lua. O debutante em finais de Libertadores derrotou o velho frequentador. Ao seu modo.

Jogou o primeiro tempo melhor que o Boca, em 45 minutos tensos, mas pouco emocionantes. Ao contrário do segundo, que logo aos 9min viu Danilo dar de letra para o Sheik das Américas fazer 1 a 0 e transformar o estádio num sanatório geral.

Enlouquecido ainda mais depois que Emerson marcou de novo para encerrar uma etapa e começar outra na vida corintiana, em busca do bicampeonato mundial, agora, contra o Chelsea.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.