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Ressaca

Tite conta como foi sua noite de campeão, evita falar sobre futuro mas pede a manutenção do elenco e novos reforços até o Japão

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Adenor chegou do Pacaembu às 3h45, abraçou a família, tomou champanhe, duas caipirinhas -uma de limão, outra de maracujá-,

assistiu aos melhores momentos do Corinthians, dormiu às 6h e acordou às 7h30.

Para a maior parte dos corintianos, a quinta-feira serviu para curar a ressaca da festa pelo título da Libertadores, conquistado anteontem, contra o Boca Juniors.

"Campeonato Brasileiro? Não tenho essa resposta, estou me dando um tempo para dar uma respirada, curtir, ficar feliz, dar uma relaxada e não ficar voltado ao jogo [de domingo, contra o Sport", afirmou ontem Adenor Bacchi, o Tite, o treinador que deu ao Corinthians a sua primeira conquista continental.

O dia seguinte ao maior título do Corinthians foi de folga para os jogadores e de novo depoimento de Tite, no CT do clube, ao lado da taça.

O técnico adiantou que nenhum dos jogadores vai entrar em campo domingo, em Recife -esta foi a única projeção que ele fez. De resto, lembranças da vitória de quarta. "Eu vinha me preparando para isso havia bastante tempo", contou o gaúcho.

"Tínhamos muita confiança de que venceríamos, o grupo sentiu isso, mas adotamos o respeito para não passar soberba", completou.

A todo tempo Tite foi instado a falar sobre o futuro do time, que em dezembro vai ao Japão buscar o bi do Mundial. Mas deu poucas pistas.

"Manutenção da equipe e acréscimo de qualidade têm que ser sempre um objetivo", afirmou. Em outras palavras, segurar jogadores e contratar novos reforços para o time.

Pois o processo de debandada já começou. O zagueiro Leandro Castán vai trocar o Corinthians pela Roma, e o atacante Willian fechou com o Metalist, da Ucrânia. "Vou amarrá-lo no pé da mesa e daqui ele não sai", brincou Tite, sobre o seu zagueiro.

Paulinho, um dos principais jogadores da campanha, tem sido o mais assediado por clubes europeus. Segundo o Corinthians, o plano é comprar seus direitos econômicos para segurá-lo até julho de 2013, garantindo a participação no Mundial de Clubes e na próxima Libertadores.

Emerson revelou ontem proposta da China, mas diz que fica no Brasil. E o meia Alex é o próximo alvo. Segundo o empresário dele, Luiz Carlini, há uma sondagem dos Emirados Árabes. "Ainda não chegou nada oficialmente. Se chegar uma proposta, vamos sentar e conversar", afirmou, repetindo o que disse Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians.

Se Tite ainda não teve tempo de pensar no Brasileiro, imagine no Chelsea, possível adversário de uma eventual final no Mundial do Japão.

"Até ontem [anteontem] estava concentrado no Boca", contou. "Cada time tem seu perfil. Nossa equipe conseguiu seu ponto de equilíbrio. Ela é muito sólida, essa foi a marca do Corinthians."

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