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Wimbledon vê recordes de Federer

TÊNIS Suíço leva torneio pela 7ª vez e terá 286 semanas como número 1, igualando Sampras

Leon Neal/France Press
Federer beija sua sétima taça de Wimbledon
Federer beija sua sétima taça de Wimbledon

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Roger Federer conseguiu mais argumentos para aqueles que o apontam como o maior tenista da história.

A exato um mês de completar 31 anos, o suíço conquistou ontem seu sétimo título de Wimbledon e garantiu sua volta ao topo do ranking.

Ao derrotar o britânico Andy Murray por 3 a 1 (4/6, 7/5, 6/3 e 6/4) na decisão do mais tradicional torneio do tênis, Federer igualou duas marcas do americano Pete Sampras.

"Não poderia estar mais feliz", afirmou o suíço. "É surpreendente. Isso me iguala a Pete, que é meu ídolo."

Além dos sete títulos em Wimbledon, Sampras foi quem mais liderou o ranking mundial: 286 semanas.

Hoje, a ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) atualiza a lista, e Federer também chega à sua 286ª semana como o número um.

Recordista de títulos de Grand Slam (agora com 17 taças), o suíço se equipara ao seu ídolo depois de um período de baixa que alguns, mais apressados, já apontavam como sua decadência.

Sua última conquista em um dos quatro maiores torneios do circuito havia sido o Aberto da Austrália, em 2010.

Em julho daquele mesmo ano, deixou de ser número um do mundo e viu Novak Djokovic, 25, e Rafael Nadal, 26, se alternarem tanto nas conquistas de Grand Slams como no topo do ranking.

Mesmo em Wimbledon, onde conquistou seu primeiro grande torneio, em 2003, o desempenho não era o mesmo: em 2010 e em 2011, foi eliminado nas quartas de final.

"Nunca deixei de acreditar. Passei a jogar mais, mesmo tendo família", afirmou o pai das gêmeas Charlenne Riva e Myla Rose, 3, que estavam na quadra central ontem. "Tive uma grande motivação, uma grande confiança e tudo se encaixou. É um momento mágico para mim."

Os recordes impediram que Murray encerrasse um longo jejum. O último britânico campeão em Wimbledon foi Fred Perry, em 1936.

E, mesmo com a expectativa gerada por sua ida à final -era a primeira vez que um tenista da casa decidia o título desde 1938-, Murray começou sua primeira decisão de Wimbledon muito bem.

Quebrou o saque rival duas vezes para marcar 6/4 e vencer seu primeiro set em quatro finais de Grand Slams.

Murray cometeu apenas cinco erros não forçados, contra 16 de Federer.

Ele se manteve consistente e tinha mais facilidade do que o rival para confirmar os serviços, mas o suíço aproveitou um dos dois break points que teve para festejar a única quebra do segundo set.

A partida teve que ser interrompida no início da terceira parcial por causa da chuva. Com o teto fechado, Federer dominou o jogo.

Murray se emocionou na cerimônia de premiação. "Estou chegando perto [de ganhar um Grand Slam]", disse ele, que parou várias vezes de falar, com a voz embargada.

Já Federer se enche de confiança para buscar uma das poucas conquistas que faltam na carreira: o ouro olímpico individual. E o local não poderia ser mais inspirador. Wimbledon abriga o torneio, a partir do próximo dia 28.

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