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Corinthians sente ônus da Libertadores

SÉRIE A
Campeão da América, time tenta se recuperar no Nacional

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Uma semana após conquistar a América, o Corinthians começa a experimentar o ônus deste título.

O time enfim entra em campo com dedicação total ao Brasileiro, torneio em que ocupa a penúltima posição.

Será contra o Botafogo hoje, no Pacaembu, em partida adiada da sétima rodada.

Na verdade, o Corinthians começa hoje uma nova fase. Com a vaga assegurada para a Libertadores do ano que vem, ninguém no clube fala em título nacional, mas apenas em sair da zona de rebaixamento. E, com isso, poder se preparar, com calma, para o Mundial de Clubes.

Hoje já não terá Leandro Castán, vendido à Roma e que formou com Chicão o eficiente sistema defensivo campeão da Libertadores. Paulo André será seu substituto.

No ataque, o time paga o preço dos jogos exaustivos da reta final do torneio continental. Nem Jorge Henrique nem Emerson, herói da conquista inédita, estarão em campo. Recuperam-se de lesões sofridas justamente contra o Boca Juniors -Jorge Henrique no primeiro, e Emerson no segundo jogo da decisão.

"O título nos traz ônus e bônus. Tem que saber encarar isso", disse ontem Tite.

Romarinho e Elton formam a dupla de ataque. Nem Liedson Tite poderá escalar. Se ele jogasse, completaria sete jogos com o Corinthians, o que impede transferência para outro time do Brasileiro. O contrato dele termina no fim do mês, e o clube não se mostra disposto a renová-lo.

Os reservas Ramón e Willian também já deixaram o clube. E o assédio continua: Paulinho tem proposta para jogar na Inter de Milão.

"O grande reforço que o Corinthians quer não é uma contratação de fora, mas a permanência de seus atletas", declarou Tite.

O treinador contou que fez um apelo aos seus jogadores. "É um momento em que há muitas especulações, possibilidades. É natural que uma equipe campeã da Libertadores seja valorizada. A única coisa que eu peço, e que eu pedi, é lealdade comigo e com o clube", declarou.

Em outras palavras, quem está com a cabeça em outro clube não entra em campo.

"Quem tem alguma negociação ou possibilidade de sair venha e me fale que eu não boto para jogar. Quero ter a consciência tranquila de que quem entrou em campo está com a cabeça e o corpo voltados para o jogo e a necessidade de recuperar o time no Brasileiro", completou o treinador.

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