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Blatter diz que sabia de subornos

FIFA
Presidente lava as mãos sobre João Havelange, presidente de honra

DE SÃO PAULO

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, admitiu que sabia dos R$ 45,5 milhões em subornos que Ricardo Teixeira e João Havelange receberam da agência esportiva ISL para facilitar a negociação de contratos da Copa do Mundo.

Em entrevista ao site da Fifa, publicada ontem, Blatter, à época secretário-geral da entidade, alegou que não haviam provas de que as transações eram ilegais. Questionado se sabia que os colegas recebiam dinheiro ilícito, Blatter alegou que à época tal transação não era crime.

"Sabia o quê? Que comissões eram pagas? Lá atrás, estes pagamentos poderiam ser deduzidos do imposto como taxas de negociação. Hoje isso é passível de punição."

"Você não pode julgar o passado com base nos padrões de hoje. Além disso, ia acabar em um conflito moral. Eu não poderia saber de um crime que nem era crime na época", completou Blatter.

O presidente da Fifa também lavou as mãos quando questionado se chamará João Havelange, presidente honorário da entidade, a prestar contas. "Não tenho o poder de fazer isso. O Congresso da Fifa o nomeou presidente honorário. Somente o Congresso pode decidir seu futuro", declarou o dirigente.

Blatter também assume que é o personagem "P1", citado no processo. "O Tribunal Federal declarou que 'todos os terceiros não acusados' permanecerão anônimos Como não sou acusado, fui mencionado anonimamente como P1, o que, honestamente, não é difícil de descobrir."

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