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Por medalha no revezamento, Brasil aposta em transição

2012
Mulheres fazem treinos de troca de bastão à exaustão para baixar os tempos individuais

Lalo de Almeida/Folhapress
Atletas do revezamento 4x100 m treinam em Londres
Atletas do revezamento 4x100 m treinam em Londres

DO ENVIADO A LONDRES

Na pista de atletismo, Evelyn dos Santos arranca enquanto Rosângela Santos, agachada, a espera pouco à frente. A segunda velocista larga quando a colega ainda está alguns metros atrás.

Em um espaço de 20 metros, as duas sincronizam suas velocidades até que Rosângela estende o braço para trás. Dá uma rápida olhada quando recebe o bastão, em posição vertical, com a mão.

"Boa", grita o técnico Paulo Servo. A velocidade foi de cerca de 10 m/s na "acoplagem". Com outras atletas, a cena foi repetida à exaustão ontem no treino em Londres.

Não é à toa. É nas trocas de bastão que o revezamento 4 x 100 m feminino aposta para atingir o pódio em Londres -foi quarto em Pequim.

"Somados todos os tempos individuais das meninas, temos que baixar 2,8 segundos com as passagens para [o tempo] ser excelente. Os EUA e a Jamaica, com superatletas, não conseguem baixar nem 2 segundos", disse o técnico Katsuhiko Nakaya.

O problema é que, individualmente, americanas e jamaicanas têm tempos bem inferiores aos das brasileiras. As atletas nacionais querem chegar às finais dos 100 m e dos 200 m, já suas rivais são as favoritas das provas.

Mas, no espaço de 20 metros da troca de bastão, as brasileiras são superiores.

A questão é que o treinador ainda não definiu a equipe. Evelyn dos Santos, Franciela Frasucki e Tamiris de Liz, 16, disputam duas vagas.

Rosângela Santos e Ana Cláudia Lemos já estão garantidas. Dependendo de quais forem as outras três escolhidas, a ordem delas no revezamento muda e também as posições de troca de bastão. "O treino é feito com troca do bastão no final da zona [de 20 metros]. É até uma passagem de risco", disse Rosângela.

Todas as brasileiras do revezamento reduziram seu tempo nos 100 m no último ano, o que dá esperança para a equipe. (RODRIGO MATTOS)

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