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Judô divide pressão por medalhas

2012
Carro-chefe do Brasil, esporte quer minimizar peso de ser favorito

EDUARDO OHATA
ENVIADO ESPECIAL A SHEFFIELD

O judô, chamado pública e reiteradamente pelo Comitê Olímpico Brasileiro como "carro-chefe" de medalhas nos Jogos Olímpicos de Londres, pede divisão de responsabilidade para que o peso não vá "além da medida".

"Temos que pisar em terra firme, calçar as sandálias da humildade. Não quero que o peso fique além da medida", argumenta Paulo Wanderlei Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Judô.

"Há no país outras modalidades tão boas, ou até melhores, como o vôlei."

O primeiro dirigente a afirmar publicamente que o judô seria o carro-chefe da delegação em Londres foi o superintendente do COB, Marcus Vinicius Freire, no Grand Slam do Rio, em 2010.

Desde então,esse status da modalidade foi ecoado em várias oportunidades e se tornou quase um mantra.

No treino aberto de ontem, em Sheffield, uma das questões mais populares era em relação à pressão por medalhas sobre os judocas.

"A gente tenta se blindar. Cada um sabe de seu investimento pessoal, clube, patrocinador. Se você levar essa pressão por medalha para o tatame, fica complicado", diz o judoca Rafael Silva.

Em conversas reservadas, porém, a cúpula do COB põe lado a lado o judô e o vôlei como carros-chefes de 2012.

Mas faz a ressalva de que a segunda modalidade conquistou, em uma mesma edição dos Jogos, três pódios, e que o máximo seriam seis.

Apesar de não se sentir muito à vontade com esse status, a CBJ nutre expectativa ambiciosa de medalhas.

O primeiro objetivo da confederação, classificar a equipe completa (14 judocas), foi alcançado. Os outros dois únicos países com times completos são Japão e França.

Agora, a meta é levar quatro medalhas, sendo que uma de ouro e outra advinda de uma final feminina, o que significa no mínimo uma prata.

A seleção desembarcou em Londres com dois líderes do ranking: Leandro Guilheiro, na categoria até 81 kg e que busca sua terceira medalha olímpica, e Mayra Aguiar, na categoria até 78 kg.

A confederação preparou uma série de medidas inéditas para a seleção, que ficará concentrada em Sheffield, cidade que fica a cerca de duas horas e meia de Londres.

O time ficará longe da Vila Olímpica e do Crystal Palace. A ida dos judocas para Londres será escalonada.

Foi reservado um quarto no hotel Ramada, ao lado do local de competições. Ali, os brasileiros que avançarem na competição terão condições de descansar, ser atendidos por fisioterapeutas e assistir a vídeos de lutas dos rivais.

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