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Nuzman foge de escândalo de Havelange

Presidente do COB não fala sobre subornos, mas faz elogios a cartola

MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A LONDRES

O presidente do Comitê Organizador da Olimpíada do Rio-2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, preferiu não tecer comentários sobre o caso de suborno na Fifa envolvendo João Havelange, 96.

Havelange, ex-membro do COI (Comitê Olímpico Internacional), foi um dos maiores promotores da campanha do Rio para os Jogos de 2016.

"Não posso dar minha opinião sobre um assunto interno da Fifa", esquivou-se Nuzman durante a abertura da Casa Brasil, espaço que será dedicado à promoção da cultura brasileira e da Rio-2016 durante os Jogos de Londres.

Nuzman, no entanto, não se furtou de tecer elogios a seu padrinho político. "O que posso dizer é que Havelange foi o maior homem do esporte do século passado, junto com Juan Antonio Samaranch [presidente do COI até 2001]. Ele mudou o futebol."

Na última semana, a Justiça suíça tornou público um processo que apontava Havelange e o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira como receptores de subornos da empresa de marketing esportivo ISL na década de 90 e no início dos anos 2000.

De acordo com o documento, Havelange recebeu cerca de 1,5 milhão de francos suíços (R$ 3,1 milhões) da empresa em troca de benefícios.

Depois que a Justiça suíça tornou público o processo, iniciou-se no Brasil uma campanha para trocar o nome do estádio João Havelange, o Engenhão. A ideia é que a futura sede dos Jogos de 2016, seja rebatizada em homenagem a João Saldanha, que foi jornalista e treinador de futebol.

SEGURANÇA

Apesar da falha da segurança privada deflagrada recentemente nos Jogos de Londres, Nuzman não descarta mudar o modelo para 2016.

Sua intenção é contratar uma empresa privada para cuidar da segurança dentro das instalações. Fora delas, a proteção ficará a cargo de oficiais do setor público.

"Cada país tem um sistema. A grande diferença da Rio-2016 é a integração entre os governos federal, estadual, municipal e o comitê organizador. Fizemos isso no Pan, foi bem-sucedido e vamos repetir", disse Nuzman, que também não quis comentar os problemas de Londres.

A empresa privada G4S, responsável pela segurança da Olimpíada inglesa, admitiu que não conseguiria fornecer todos os guardas previstos no contrato inicial.

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