Dupla brasileira se resguarda ante vento mais fraco

A dupla brasileira Robert Scheidt e Bruno Prada fez uma aposta nos ventos fracos em Weymouth.

Eles terão à disposição para a Olimpíada dois tipos de vela: uma adequada para qualquer tipo de vento e outra específica para os mais fracos, de até dez nós.

"A gente tem uma pequena arma. Uma das nossas velas tem um tecido que é um pouco mais leve e é melhor para ventos fracos", explicou o paulista Scheidt.

A previsão para o início desta semana que antecede os Jogos era de ventos fracos. Segundo o meteorologista da equipe brasileira, o vento em Weymouth, onde serão disputadas as provas, sopraria entre dois e oito nós até amanhã.

Experiente, Scheidt diz acreditar que, até o início da disputa olímpica da star, no domingo, a situação deve mudar. "Após um período longo de sol, a tendência é a de ventos mais fortes."

O bicampeão olímpico, medalhista de ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004, afirma não ter preferência por um tipo de vento específico. "A gente tem que estar pronto para tudo, vento fraco e forte. Não pode escolher muito."

Para ele, a disputa olímpica ideal teria uma mescla dos vários tipos de vento.

"Se você tem uma disputa com uma condição só, pode favorecer os especialistas", afirma o velejador.

"Alguns dos nossos rivais nessa categoria são especialistas em ventos fortes, outros em ventos fracos. Para nós, seria bom ter um pouco de tudo porque somos velejadores mais versáteis", concluiu Scheidt. (MB)