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Recordista brasileira em Jogos, Formiga vê feito como 'normal'

NELSON BARROS NETO
DE SÃO PAULO

Quando o futebol feminino estreou numa Olimpíada, Miraildes Mota já estava lá.

"Eu me lembro de Atlanta [em 1996]. Era coisa de outro mundo. E eu só tinha 18 anos", diz ela, que ganhou o apelido jogando bola no subúrbio de Salvador, aos 12.

Diante da garota baixinha e franzina, de dribles rápidos e correndo o campo todo, um torcedor que acompanhava do lado de fora passou a gritar: "Formiga!". Pegou.

Agora com 34 anos, 1,62 m, 57 kg e metade da vida na seleção, a baiana -mesmo já veterana- será titular na estreia do Brasil nos Jogos de Londres, contra Camarões.

Ao entrar em campo, se tornará a mulher com mais participações olímpicas pelo país, empatada com a jogadora de vôlei Fofão: cinco edições.

Apesar disso, Formiga minimiza: "Sinceramente, não ligo para essas coisas, não. Claro que é importante para qualquer atleta, mas é algo normal para mim".

Em Pequim-08, Fofão se aposentou da seleção com a medalha de ouro. Após bater na trave nas últimas duas disputas, ambas com derrotas para os EUA, esse é o objetivo de Formiga, que se coloca à disposição para os Jogos do Rio, quando terá 38 anos.

"Acredito muito nessa equipe, estamos bem mais experientes. Sem dúvidas, iremos lutar pelo ouro", afirma.

No ano passado, a meio-campista voltou do Pan desempregada. Desta vez, celebra: o contrato com o São José-SP, onde ganhou o título brasileiro, vai até dezembro.

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