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Herói definha no pós-Bombonera

SÉRIE A
Romarinho tem hoje a sexta oportunidade como titular para voltar a marcar gols

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Romarinho levou dois minutos e 37 segundos para entrar para a história do Corinthians: foi o intervalo entre pisar no gramado da Bombonera e fazer aquele gol épico.

Mas desde então, o atacante de 21 anos, que de repente ficou famoso -e bonito, segundo o técnico Tite-, não voltou a balançar a rede.

Hoje, contra o Cruzeiro, no Pacaembu, Romarinho será titular do Corinthians pela sexta vez seguida desde o gol que calou a torcida do Boca Juniors em Buenos Aires, na final da Libertadores.

Desde então, passou em branco contra Sport, Botafogo, Náutico, Flamengo e Portuguesa. Ao todo, acertou nove chutes e deu oito dribles, correu e marcou a saída de bola dos adversários e até ganhou elogios de Tite.

Principalmente contra Flamengo e Portuguesa ele jogou bem, mas não o suficiente para arrancar suspiros na torcida, que se entusiasma quando o locutor anuncia seu nome no Pacaembu.

E talvez hoje seja sua última oportunidade de começar jogando. Jorge Henrique, que se machucou justamente naquela partida na Argentina, está praticamente recuperado e deve voltar a ocupar a posição no ataque.

Hoje, aliás, Jorge jogará ao lado de Romarinho e Emerson. Com Alex fora do clube e Douglas suspenso, Tite optou por escalar o Corinthians no esquema 4-3-3, com três meias -Ralf, Paulinho e Danilo-, e três atacantes.

Além disso, Tite ganhou uma opção a mais já na partida de hoje: o peruano Paolo Guerrero foi relacionado e vai ficar no banco. Também chegou o argentino Martínez, ainda sem previsão de estreia, mas outra sombra para o jovem atacante que virou herói da torcida corintiana.

"O que vai determinar a titularidade é o desempenho dele em campo. Não gosto de analisar as outras partidas. Tem que ver jogo a jogo", despistou Tite, questionado se Romarinho voltará ao banco quando todos os jogadores estiverem aptos a jogar.

Logo após o duelo contra o Boca, o Corinthians imediatamente tratou de blindar Romarinho. Entrevistas foram vetadas, e o atacante ganhou um acompanhamento especial de nutricionistas e de toda a comissão técnica.

Nos dois jogos em que marcou gols, Romarinho foi impecável. Contra o Palmeiras, ele finalizou duas vezes, uma de letra, outra de longe, fez os dois gols e virou o jogo para o Corinthians: 2 a 1. Contra o Boca, entrou aos 38min do segundo tempo e empatou a partida em seu primeiro toque em uma Libertadores.

"É anormal o que o Romarinho fez, de colocar a camisa e render o que rendeu", declarou Tite, referindo-se aos gols que o ex-atacante do Bragantino anotou contra Palmeiras e Boca Juniors.

O presidente Mário Gobbi, em entrevista à Folha logo após o título continental, pediu calma com o atacante: teme que ele vire um novo Viola. "O Viola marcou aquele gol [no Paulista de 1988] e ficou três anos sendo um jogador de um gol só. Romarinho é uma promessa", disse.

Com VINÍCIUS BACELAR, colaboração para a Folha

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