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Mind the gap*

Time dos sonhos só no salário

PAULO COBOS
EDITOR-ADJUNTO DE “ESPORTE”

VÉSPERA DE Olimpíada vira um prato cheio para comparações entre atletas do passado e do presente.

Os americanos adoram. E a polêmica do momento é comparar a seleção de basquete com o "time dos sonhos" de 1992, que introduziu os astros da NBA na Olimpíada e ganhou o ouro em Barcelona.

Tudo bem fazer isso com LeBron James, realmente um gênio do esporte, e Kobe Bryant, um dos maiores cestinhas da história do basquete mundial.

Mas o resto do time que está em Londres só é mais "dream team" comparado com o de 1992 em seus polpudos contracheques.

Tirando o novato levado para Barcelona, a média salarial do time de 1992 era de US$ 3 milhões (pouco mais de R$ 6 milhões pelo câmbio atual) por temporada.

A equipe que está em Londres, fora o novato da vez, tem um salário médio de estratosféricos US$ 16,2 milhões por ano, ou mais de R$ 33 milhões.

E isso não acontece por causa da inflação. Aplicado o índice oficial dos EUA, de 63% no período, o salário médio dos astros do basquete deveria ser de "só" US$ 4,9 milhões.

Mas o ganho médio em relação ao legendário time de 1992 bate em impressionantes 440%.

James Harden, reserva no Oklahoma e que com US$ 5,82 milhões é o dono do salário mais baixo do time atual (sem contar o novato Anthony Davis), seria o segundo salário em 1992, só atrás de Larry Bird e ganhando quase o dobro do que recebia Michael Jordan.

Sozinho, Kobe, US$ 27,8 milhões por ano, ganha mais de 80% do que todo o time que encantou o mundo em Barcelona.

Realmente o esporte virou um negócio milionário.

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