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COI teme atrasos e cobra interação da Rio-16 com Copa-14

Comitê também mostra preocupação com calendário de obras e desafios de hospedagem

DO ENVIADO A LONDRES

A Olimpíada do Rio-2016 tem de melhorar sua sinergia com a Copa do Mundo-2014, resolver sua questão de hospedagem e cumprir um calendário apertado de obras.

Essa é a visão do COI (Comitê Olímpico Internacional) após apresentação de relatório sobre preparativos do evento à assembleia do órgão.

Mas houve demonstração de confiança no Rio, que só recebeu um questionamento de membros do COI.

Nem por isso o comitê olímpico deixou de pedir mais pessoas que trabalharam em Jogos anteriores dentro do Rio-2016, que contratou três funcionários com experiência na operação.

A maior preocupação, no entanto, é de fato o calendário de obras. O Rio-2016 mostrou que a maioria das construções essenciais têm previsão para dezembro de 2015, seis meses antes dos Jogos.

Entre essas obras, está o Parque Olímpico, a Vila Olímpica, a revitalização do porto e a maioria dos projetos de transportes na cidade.

"O tempo de entrega é extremamente apertado", explicou a marroquina Nawal El Moutawakel, chefe da comissão do COI para 2016.

Mas o presidente do comitê organizador, Carlos Arthur Nuzman, não está preocupado. "Não são todas que acabam em 2015. E temos instalações já prontas", analisou.

Em seu relatório, a representante do COI também pediu maior interação entre responsáveis pela Olimpíada e pela Copa. Citou o Maracanã, que, além do Mundial, sediará as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos.

A equipe do comitê organizador olímpico está acompanhando as obras na arena até agora, segundo Nuzman.

"Receber a Copa é um benefício por ser uma forma de treinar times. Ao mesmo tempo, são dois grandes eventos. Irão requerer muito dinheiro. É bênção e preocupação", afirmou o diretor de esporte do COI, Christophe Dubi.

"Os eventos usarão serviços em comum, como segurança e transporte, já em planejamento", disse Nuzman.

Outra questão na mesa é o número de acomodações disponíveis do Rio, inferior ao requerido pelo comitê. Haverá um levantamento do número exato até o final do ano.

"Acomodação continua a ser um desafio", contou El Moutawakel. "O uso dos cruzeiros será bastante difícil", falou, sobre os barcos parados no porto para hospedar turistas. (RODRIGO MATTOS)

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