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Japão renova equipe para recuperar hegemonia

JUDÔ
País conta com mudanças em regras que, na teoria, o favorecem

EDUARDO OHATA
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

A seleção japonesa de judô terá na Olimpíada de Londres uma equipe renovada em relação à edição anterior dos Jogos -somente dois de seus atletas estiveram em Pequim, há quatro anos.

Apesar de sua média de idade relativamente baixa, apenas 24 anos para os homens e 24,5 para as mulheres, os nipônicos subirão ao tatame a partir da madrugada de sábado com a experiência de resultados comprovados em Mundiais. Foram reunidos campeões mundiais em 13 ocasiões.

Outro fator que favorece a esquadra japonesa é a mudança de regulamento implantada dos Jogos de Pequim para cá, que reaproximou a modalidade das suas origens nipônicas.

As alterações valorizaram judocas que apresentam mais técnica, no lugar da força.

Três dos jovens judocas do time japonês são atuais campeões mundiais: Masashi Ebiuna, 22, Riki Nakaya, 22, e Misato Nakamura, 23.

Uma das veteranas da equipe é Tomoko Fukumi, 28, campeã do Mundial de Roterdã, disputado em 2009, e que foi medalha de bronze nos dois últimos Mundiais.

Pesou para sua convocação o fato de ter sido a única judoca a bater por duas vezes a compatriota Ryoko Tani, que tem sete títulos mundiais no currículo e foi campeã olímpica nos Jogos de Sydney, em 2000, nos de Atenas, em 2004, e chegou a construir uma grande série de 84 vitórias consecutivas.

Outro veterano da equipe, Takamasa Anai, 27, cumpre uma função estratégica dentro do grupo, no posto de líder de sua seleção.

Ele também foi campeão mundial no torneio disputado em 2010 em Tóquio e ganhou a medalha de bronze no Mundial de Roterdã.

O jovem Daiki Kamikawa, 22, campeão mundial em Tóquio, em 2010, enfrentará extrema dificuldade para levar o ouro em Londres, já que terá pela frente o favoritíssimo francês Teddy Rinner.

Com dois títulos sub-20, Haruka Tachimoto, 21, é outra judoca que terá uma adversária francesa favorita em seu caminho para conquistar o ouro, Lucie Decosse.

Em diversas categorias, os japoneses tinham mais de um representante entre os dez melhores do mundo, o que tornou a seletiva de quem iria aos Jogos de Londres, feita por meio do ranqueamento, uma tarefa mais difícil.

Uma judoca que brinca com a força dos representantes nipônicos da modalidade é a brasileira Sarah Menezes.

"Ainda bem que nos Jogos Olímpicos não há duas japonesas [como no Mundial]", diz, bem-humorada.

Até por isso, brasileiros consideram os Jogos Olímpicos tecnicamente mais fáceis do que o Mundial. Apontam que é a pressão psicológica de estar competindo em um evento de grande magnitude que impressiona os atletas.

O sorteio das chaves da competição será realizado hoje. Japão, Brasil e França são os três únicos países a ter classificado judocas em todas as 14 categorias de peso.

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