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Em evento com ares de cinema, Bolt evita falar sobre antidoping

Atletismo Velocista diz não se preocupar com largadas após erros

DO ENVIADO A LONDRES

A primeira aparição pública do astro Usain Bolt em Londres teve ares de lançamento das megaproduções de Hollywood, no final da tarde de ontem. Mas era apenas uma entrevista coletiva.

Promovido pela Puma, empresa que apoia o velocista e o Comitê Olímpico Jamaicano, o encontro com jornalistas foi realizado na região de Shoreditch High Street.

O bairro é famoso por ser um dos locais em que Jack, o Estripador, fez algumas de suas vítimas. Atualmente, contudo, a região se orgulha de sua veia "hipster", com bares e lojas descoladas, que contrastou com a badalação em torno do atleta jamaicano.

Por esse motivo, a entrevista com uma das maiores estrelas desta edição da Olimpíada não foi realizada no centro de mídia, no Parque Olímpico, onde mais de 2.000 jornalistas trabalham.

Segundo a organização, 400 jornalistas se credenciaram com mais de uma semana de antecedência. Eles se amontoaram em um galpão estilizado, com um grande painel com a imagem de Bolt e de outros jamaicanos.

O campeão olímpico nos 100 m e 200 m e o parceiro de equipe Asafa Powell, que também participou da entrevista, responderam por 40 minutos a perguntas de repórteres de Coreia do Sul, China, França, Chile, Nova Zelândia, Brasil, Austrália, EUA e Jamaica.

Em pelo menos metade da entrevista, Bolt e Powell apenas riram: das perguntas, do sotaque em inglês dos jornalistas e de suas respostas.

Mas o campeão silenciou quando foi perguntado, por um repórter da Inglaterra, sobre os novos métodos de controle ao doping. Bolt encolheu os ombros, abriu os braços, mostrou a palma das mãos como quem diz "não sei de nada", e a entrevista continuou a pedido do apresentador do evento.

Quando resolveu falar sério, Bolt confessou: "Não estou mais preocupado com as largadas", disse. Ele queimou a largada na final dos 100 m do Mundial disputado na Coreia do Sul, em 2011. "Já entendi que não sou bom de largada e nunca vou ser. Só me preocupo agora em fazer o que sei de melhor: correr."

Em Londres, ele defenderá os ouros conquistados há quatro anos, em Pequim, nos 100 m, 200 m e no revezamento 4 x 100 m.

(DANIEL BRITO)

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