São Paulo

Sem líder em campo, time não engrena no Brasileiro

As más atuações do São Paulo no Campeonato Brasileiro têm um diagnóstico: a ausência de líderes no time.

Esse raio-x é feito por membros da comissão técnica do clube, que vêm sentindo isso desde a época de Leão.

A leitura no clube é que o time é bom, entra nas partidas motivado, mas não se encontra dentro do gramado.

E para que os jogadores fiquem ligados durante toda a partida, ainda faltam atletas no campo que se imponham perante o resto do elenco.

Leia-se: falta um Rogério.

A sensação de quem trabalha diariamente com o time do São Paulo é que, quando o goleiro retornar aos campos -há a chance de jogar já neste fim de semana-, o elenco reagirá de outra maneira.

Rogério é visto, hoje, como o único atleta do time que pode sacudir o ambiente.

Outros jogadores foram designados para exercer a função de líder, mas, na visão de membros da comissão técnica, não deram conta.

Luis Fabiano foi a principal aposta para comandar a equipe dentro de campo. Mas suas declarações polêmicas após os jogos e seu temperamento não lhe credenciam para ser um comandante que pode cobrar do time quando ele passar por um apagão.

As fichas, então, ficam todas depositadas no retorno de Rogério o mais breve possível para chacoalhar o time.

Dessa maneira, ao indicar que o problema está dentro do campo, o clube isenta Ney Franco da culpa pelo baixo aproveitamento desde que chegou ao Morumbi.

Até agora, o treinador venceu e empatou apenas uma vez e foi derrotado nas outras duas oportunidades.

Mesmo assim, dentro do clube seu trabalho vem sendo poupado de críticas.

Quem é alvo da torcida agora é o presidente são-paulino. Juvenal Juvêncio não escapou dos protestos de torcedores, ontem, após a derrota para o Atlético-GO.

Na manhã de ontem, o muro do CT do clube estava pichado com a frase "Fora, Juvenal, o seu ciclo acabou".