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Mind the gap

País grande, mas não no pódio

PAULO COBOS
EDITOR-ADJUNTO DE “ESPORTE”

O BRASIL é um país populoso, com um mercado interno vigoroso, que torna sua economia uma das maiores do mundo, mas que se apequena no comércio exterior.

Na Olimpíada, o Brasil tem uma equipe grande, que recebe um investimento pesado, mas que na hora de competir com estrangeiros têm ambições bastante modestas.

É assim o país que começa hoje a busca pelas medalhas em Londres.

Dono de 2,7% da população mundial, o Brasil tem 2,4% dos aletas inscritos para a Olimpíada.

Com gasto estatal de quase R$ 2 bilhões para o ciclo de quatro anos dos Jogos de Londres, o país tem um investimento que justifica sua participação de 3,4% no PIB mundial em 2011 (a soma das riquezas de todo o planeta).

Mas na hora de ganhar medalhas, assim como na de comercializar produtos com outros países, o Brasil não justifica seu tamanho na Olimpíada.

O COB, Comitê Olímpico Brasileiro, se diz satisfeito se o país for ao pódio 15 vezes em Londres, o que significa ganhar 1,6% das medalhas em jogo.

Mesmo que a projeção do governo de 20 medalhas seja alcançada, isso significará 2% dos pódios, marca abaixo do naco nacional no PIB mundial.

As estimativas de COB, principalmente, e governo estão muito mais próximas da participação brasileira no comércio mundial, que, segundo dados da OMC, a Organização Mundial do Comércio, é de só 1,4%.

Ou seja: nos negócios e no esporte, o Brasil pena para ser competitivo fora de suas fronteiras.

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