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Mind the gap*

O resultado da soma e da divisão

PAULO COBOS
EDITOR-ADJUNTO DE “ESPORTE”

O COLAPSO do comunismo na Europa, a partir do final dos anos 80, redesenhou o mapa olímpico.

E o resultado disso foi bem diferente para os principais protagonistas desse movimento.

A unificação alemã fez o país, a maior potência econômica da Europa, encolher no esporte.

Já a divisão da União Soviética fez até bem para o esporte dos 15 países que surgiram com o seu fim.

A Olimpíada de Seul, em 1988, foi a última que teve as Alemanhas Ocidental e Oriental e a União Soviética ainda na sua forma integral na disputa.

Lá, as duas partes da Alemanha tinham, juntas, quase 700 atletas e ganharam só menos medalhas do que os soviéticos.

Depois de unir o país, os alemães definham. Em Pequim, há quatro anos, só ganharam 29% das medalhas conquistadas em Seul.

Agora, em Londres, estão em branco no quadro de medalhas depois de dois dias de provas. Isso com quase 300 atletas a menos do que na Coreia.

Já o fim da União Soviética é um dos maiores motivos para o inchaço dos Jogos. Em 2012, são mais de 1.300 atletas das repúblicas que formavam o país, contra pouco mais de 500 na Olimpíada de Seul.

E os herdeiros soviéticos começaram bem os Jogos de Londres. Juntos, somam dez medalhas, sendo quatro de ouro. Se ainda formassem uma equipe, estariam em segundo no quadro de medalhas, só atrás da emergente China.

Em Pequim, os ex-soviéticos foram ao pódio 169 vezes, marca bem acima das cem da China e das 110 dos Estados Unidos.

*
Ateção ao vão (entre o trem e a plataforma), alerta típico do Metrô londrino

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