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Mind the gap*

Venezuela gasta muito para pouco

PAULO COBOS
EDITOR-ADJUNTO DE “ESPORTE”

Se você acha que o Brasil gasta muito com esporte olímpico para pouco resultado, é porque você não sabe o que acontece na Venezuela de Hugo Chávez.

Segundos dados do Ministério do Esporte do vizinho brasileiro, foram gastos o equivalente a R$ 709 milhões na preparação do do país nos quatro anos anteriores aos Jogos de Londres-2012.

Isso dá quase 20% a mais do que o dinheiro repassado no período pelas loterias nacionais ao Comitê Olímpico Brasileiro, a maior fonte de financiamento das federações.

É verdade que o Brasil ainda tem o dinheiro dos patrocínios das estatais, mas a Venezuela gastou muito para montar um time modesto nos Jogos.

O país mandou só 69 atletas para Londres, um tombo de 41 inscritos em relação a Pequim-08.

Em três dias de distribuição de medalhas, nada de pódios e eliminações precoces em praticamente todas as provas.

Com resultados assim, o governo venezuelano criou novas fontes de financiamento para reforçar o orçamento esportivo do país para 2016, quando os Jogos serão no Rio.

Lei regulamentada no início do ano por Chávez, que incluiu o direito ao esporte na Constituição venezuelana, obriga todas as empresas do país que alcancem determinado faturamento, incluindo as privadas, a destinar 1% de seus lucros para o esporte.

E a mesma lei obriga todas as emissoras de rádio e televisão a exibir comerciais, produzidos pelo governo, que promovam o esporte e seus benefícios.

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