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Geração de adolescentes brilha e se diverte nas piscinas de Londres

Missy Franklin, 17, Ya Shiwen, 16, e Ruta Meilutyte, 15, conquistam ouro em provas da natação

DA ENVIADA A LONDRES

Missy Franklin se classificou à final dos 200 m livre, saiu da piscina, se jogou no tanque de saltos, nadou por 375 metros para soltar os músculos, saiu da água, se alinhou atrás do bloco de largada, nadou o mais rápido que podia e pendurou no peito o ouro dos 100 m costas.

Sequência exaustiva, que deixou embasbacado até Michael Phelps, nadador que conhece como poucos a dor de nadar vários eventos em um dia. Em Pequim-2008, ganhou oito medalhas de ouro.

Mas após esses pouco mais de 30 minutos no Centro de Esportes Aquáticos de Londres, Missy já estava saltitante de um lado para outro, rindo, animada. Energia de uma adolescente de apenas 17 anos, exemplo de uma geração de jovens nadadoras que têm roubado a cena nessa edição dos Jogos Olímpicos.

Missy é a nova joia norte-americana. Nessa Olimpíada, deve nadar sete provas, espécie de Phelps de saias.

"Ele [Phelps] me disse quando eu estava soltando que não acreditava no que eu havia feito. Ele tinha um sorriso enorme no rosto. Isso significa tanto para mim vindo de um atleta que é um exemplo", afirmou Missy, sobre o encontro com o mais famoso companheiro de equipe.

"Estou muito feliz. Sonhei com isso a minha vida toda. Esperei por essa medalha por... 17 anos", brincou.

Ontem, ela dividiu os holofotes com outras teens.

Ruta Meilutyte, 15 anos e 133 dias, tornou-se a mais jovem atleta a ganhar medalha de ouro na natação desde a Olimpíada de Atlanta 1996.

Foi campeã dos 100 m peito, com a marca de 1min05s47. Cara e jeito de menina, antes mesmo de chegar ao pódio já estava chorando. Como havia feito no classificatório, ao melhorar a melhor marca da temporada, com 1min05s56.

"É demais para mim, não acredito. Significa muito para mim, estou orgulhosa", afirmou a lituana, que estuda no Reino Unido.

Outro exemplo da força adolescente na Olimpíada é a chinesa Ye Shiwen, 16.

Ontem, ela se classificou em primeiro lugar à decisão dos 200 m medley e também quebrou o recorde olímpico da prova, com 2min08s39.

Um feito que pode até ser considerado bem pequeno se comparado à quebra da marca dos 400 m medley.

Na última piscina, de nado livre, a chinesa foi mais veloz até do que Ryan Lochte no mesmo trecho da prova.

O desempenho da jovem nadadora levantou especulações sobre doping. O diretor-executivo da Associação de Técnicos de Natação classificou o caso como "suspeito".

Ela se defendeu. "A China continua firme com sua política antidoping, então não tem problema", disse.

Hoje, a chinesa terá nova chance de impressionar. Assim como Missy e Ruta, que têm mais provas pela frente. E ainda muita energia para nadar. (MARIANA LAJOLO)

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