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Com que roupa eu vou?

Brasileiros têm que usar uniformes distintos para treinar, ir ao pódio e descansar

Elise Amendola/Associated Press
Bellucci, de Asics
Bellucci, de Asics

DO ENVIADO A LONDRES

Os atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Londres vivem um verdadeiro troca-troca de roupa por causa dos fornecedores diferentes do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e das federações.

Para cada situação olímpica, eles devem usar uma marca diversa. Uma mudança em relação ao domínio da Olympikus em Pequim-2008.

Isso aconteceu porque, no ano passado, o comitê resolveu liberar as federações para negociar contratos com seus próprios fornecedores, desde que avisassem com um ano de antecedência.

E o próprio COB só definiu a Nike como sua nova parceira há três meses dos Jogos.

A partir daí, a empresa se tornou a produtora dos uniformes de pódio, viagem e desfile nas cerimônias.

Ainda faz as roupas de competição e treino de 20 modalidades que não tinham parceiros nesta área.

Ou então esportes que já tinham contrato com a Nike, casos do futebol, do atletismo e do basquete.

Mas há pelo menos seis modalidades que têm fornecedores próprios. São os casos de vôlei (Olympikus), judô (Mizuno), handebol e tênis (Asics), esportes aquáticos (Speedo) e hipismo.

"Nestes casos, recomendamos que eles treinem e compitam com os uniformes dos fornecedores, mas façam as outras atividades com os do COB", contou o superintendente de esportes do comitê, Marcus Vinícius Freire.

Assim, a judoca Sarah Menezes, medalha de ouro no primeiro dia do evento, teria a obrigação de chegar a Londres com roupas da Nike.

Em seus treinos antes da competição, trocou por quimonos da Mizuno. Para passear na Vila Olímpica, deveria voltar a usar as roupas da parceira do COB.

Na hora de lutar, seria de novo a vez do modelo do patrocinador da Confederação Brasileira de Judô. Mas a Nike voltou a aparecer na hora que ela recebeu a medalha.

E, teoricamente, também estará no seu corpo quando ela viajar de volta ao Brasil.

"Mas não somos rígidos. Se o cara vai sair para treinar, não vou pedir para ele sair na Vila com o uniforme do COB e trocar depois. É uma recomendação", explicou Freire.

No caso da natação, por exemplo, a roupa que os atletas têm usado no Crystal Palace tem variado de acordo com a preferência de cada um e até mesmo do frio.

Os casacos da Speedo são mais pesados do que os da parceira do comitê.

O novo contrato da Nike com o COB se estenderá até 2016 e foi fechado com aval do COI (Comitê Olímpico Internacional).

Essa é a regra para países que serão a sede dos próximos Jogos. (RODRIGO MATTOS)

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