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Vôlei Ouro pesa, e lembrança de 2008 irrita seleção Estrelas de Pequim caem de rendimento MARIANA BASTOSENVIADA ESPECIAL A LONDRES A mesma medalha dourada que trouxe prestígio às jogadoras da seleção feminina de vôlei nos últimos quatro anos agora pesa, e muito. As comparações com o time que levou o ouro em Pequim-2008 têm irritado as atletas. Metade das 12 jogadoras do time atual participou da Olimpíada chinesa. "A gente sempre vai carregar o peso de ser campeã olímpica", disse a central Fabiana, que jogou em Pequim. "Não gosto de falar de 2008. Foi maravilhoso, mas é passado. Agora, temos que focar o jogo contra a Sérvia." Hoje, às 18h (de Brasília), o Brasil se volta para o futuro para não manchar o passado. Com a pior campanha na primeira fase desde Seul-1988, precisa da vitória para avançar às quartas. Ainda iniciará o dia com a calculadora na mão, de olho nas outras partidas. Para o Brasil, três cenários são possíveis. Triunfo por 3 sets a 0 dá a vaga ao time caso Turquia não vença mais de um set das americanas. Em caso de 3 a 1 sobre as sérvias, as brasileiras se classificam desde que a Coreia tenha derrotado a China por 3 a 0 ou 3 a 1, ou que os EUA tenham batido a Turquia pelo mesmo placar. Se vencer no tie-break, o Brasil ainda se classifica caso a Turquia tiver perdido por 3 sets a 0. JOGADORA DE DEFINIÇÃO Além da vitória, o Brasil precisa encontrar uma atleta que assuma a responsabilidade de derrubar a bola. Apagada nos três primeiros jogos, Sheilla até teve lampejos no último duelo, com a China, mas seu desempenho ainda está aquém do que mostrou em Pequim. Em Londres, a taxa de eficiência da ponteira no ataque é de só 27%, a melhor do Brasil. Mas é o pior aproveitamento entre as atletas decisivas das seleções principais. Paula Pequeno, que brilhou em 2008, é quem mais decepciona. A ponteira iniciou os três primeiros jogos como titular, mas sempre perdia vaga para Fernanda Garay. A jogadora ostenta em Londres média pífia de apenas seis pontos por partida. "Claro que estou chateada. Sei que estou bem, mas preciso soltar meu jogo", disse. O técnico José Roberto Guimarães ainda crê na recuperação da ponteira. "Ela é extremamente importante. Todas as jogadoras confiam muito nela. Ela vai melhorar. É só melhorar a cabeça." Nas outras seleções, as jogadoras decisivas surgiram só neste ciclo olímpico. A americana Hooker, 24, a russa Goncharova, 23, e a sul-coreana Kim, 24, são exemplos. Para a seleção brasileira, Zé Roberto estava lapidando Natália, 23, mas a jogadora passou um ano longe das quadras devido a uma lesão e, nesta Olimpíada, ainda está longe de sua melhor forma. "Acho que, para um jogo de cinco sets, ela ainda não aguenta. Mas ela está melhorando", disse o técnico. Quem tem surpreendido é Garay. A novata tem correspondido quando é requisitada para entrar em quadra. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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