Mind the gap*

A desculpa que não vai colar agora

NO ETERNO blá-blá-blá dos cartolas brasileiros para explicar o desempenho ruim do país nas Olimpíadas, tem destaque a justificativa de que, se faltam medalhas, a delegação nacional evolui no número de finais disputadas.

Mas essa desculpa vai ser difícil de ser repetida nos Jogos de Londres.

Restando uma semana para o fim dos Jogos, o Brasil vê encolher sua participação nos momentos decisivos na maior parte das modalidades em que mandou equipes grandes.

Na ginástica, foram seis finais há quatro anos. Agora, em Londres, foram apenas duas, nenhuma da equipe feminina.

A badalada natação terminou sua participação nesta Olimpíada com cinco finais, uma a menos do que na China -sem contar a falta de ouros, contra o ganho por Cesar Cielo nos 50 m livre há quatro anos.

E nas piscinas o Brasil também não teve mulheres numa final.

Na vela, o cenário também é desolador.

Além do bronze de Robert Scheidt e Bruno Prada na star, o país só tem dois outros barcos ocupando uma das dez primeira posições em suas classes.

Na China, foram duas medalhas na vela e outros dois barcos entre os dez primeiros colocados.

A missão do atletismo parece complicada.

Depois de três dias de provas no Estádio Olímpico, o Brasil só foi para uma final, no salto em distância masculino. Nos Jogos de Pequim, foram sete finais do Brasil na modalidade, incluindo Fabiana Murer no salto com vara.

A mesma atleta que fracassou nas eliminatórias da prova no sábado.

Em Pequim, o Brasil chegou a ter duas atletas numa final -no salto em distância feminino.