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Modalidade vira tábua de salvação por medalhas

VÔLEI
Desempenho fraco do Brasil pressiona atletas em etapa decisiva

MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A LONDRES

Considerado um dos carros-chefe do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em Londres, o vôlei vê cair sobre os seus ombros a responsabilidade de conquistar medalhas nesta Olimpíada, sobretudo após o fracasso de outros brasileiros favoritos ao pódio.

"A pressão chega. Sobretudo porque vemos a apreensão de outros atletas e a angústia por não terem conquistado medalha. Tudo isso passa pela nossa cabeça", disse o técnico José Roberto Guimarães, que já conduziu o Brasil a dois ouros olímpicos -um em Barcelona-92, com os homens, e outro em Pequim-08, com as mulheres.

Na sala de convivência da delegação brasileira na Vila Olímpica, há um painel com a foto de todos os medalhistas. Contando com o ouro do ginasta Arthur Zanetti, conquistado ontem, o Brasil soma oito medalhas. Em Pequim, foram 15 ao todo.

"É um pouco triste porque queríamos ver aquele quadro repleto de medalhistas. Mas vamos continuar trabalhando", disse o técnico, que comandará a seleção feminina hoje pelas quartas de final.

O vôlei e o vôlei de praia brasileiro já renderam juntos cinco ouros, sete pratas e quatro bronzes ao Brasil. Só em Pequim, foram conquistadas quatro (um ouro, duas pratas e um bronze). A expectativa é que o histórico de sucesso se repita em Londres.

Para Alison, que ontem se classificou para a semifinal do vôlei de praia com seu parceiro Emanuel, a pressão por medalhas na modalidade independe dos resultados brasileiros em outros esportes.

"A pressão no vôlei é sempre grande, tanto na quadra, quanto na praia. O vôlei de praia traz medalha para o Brasil desde Atlanta-1996. Então, a gente já veio para cá sabendo dessa", disse o jogador, estreante em Olimpíada.

Emanuel já está acostumado a lidar com a cobrança. O veterano, ouro em Atenas-04 e bronze em Pequim-08, disputa sua quinta Olimpíada.

"Agora, as atenções do torcedor brasileiro se voltam aos esportes coletivos, que estão chegando nas fases decisivas. Mas pode dizer para todo mundo que estamos segurando bem a pressão e vamos dar o nosso máximo", declarou.

Na seleção masculina, os jogadores afirmam que as altas expectativas em relação ao desempenho da equipe não os intimidam mais.

"Os brasileiros esperam muito da gente. Mas isso é uma coisa que a gente tenta levar para o lado bom", disse o levantador Bruno.

"Nós já nos cobramos mais do que os outros porque a gente quer muito a medalha."

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