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Mind the gap*

O exemplo que vem de bem perto

PAULO COBOS
EDITOR-ADJUNTO DE “ESPORTE”

A Colômbia vai fazer em Londres, em pouco mais de duas semanas, quase o mesmo que havia feito em 76 anos nas Olimpíadas.

Segundo melhor sul-americano no quadro de medalhas, atrás apenas do Brasil, o país foi ao pódio oito vezes, uma delas no lugar mais alto.

Em todas as outras vezes que os colombianos foram aos Jogos -a primeira aconteceu em 1932-, eles conquistaram ao todo 11 medalhas, sendo que só uma de ouro até então.

Nem é o caso de ter sucesso apostando tudo em uma só modalidade.

Os colombianos ganharam medalhas nos Jogos de Londres em seis esportes diferentes, incluindo uma no nobre atletismo.

Como no Brasil, quem banca o esporte olímpico na Colômbia, no fim das contas, é o contribuinte.

Só que no lugar da loteria, a verba sai de uma taxa de 4% paga pelos usuários da telefonia celular.

Mas, enquanto no Brasil o COB, o comitê olímpico nacional, diz que o dinheiro que recebe precisa ser investido todo em atletas de ponta (para ele, a base não é seu problema), a Colômbia não fecha os olhos para quem começa.

Só em 2012 o país gasta quase R$ 60 milhões num programa que pretende atender 580 mil crianças com aptidão para o esporte, mas que também precisam de desempenho escolar para obter o auxílio.

Ainda sobra dinheiro para o país ter um dos dois laboratórios antidoping credenciados pela Wada na América do Sul.

O outro, no Brasil, teve parte de suas funções suspensas pelo COI.

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