Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Veteranos viram mentores na 3ª final com Bernardinho

VÔLEI Por 2º ouro, treinador deixa no banco atletas do início de gestão

DA ENVIADA A LONDRES

Bernardinho pede tempo. Não está sozinho em suas orientações como técnico. Enquanto o treinador conversa com a rodinha de jogadores, Ricardinho está a seu lado gesticulando com Bruno, Leandro Vissotto passa informações para Wallace, e Giba mostra o posicionamento do bloqueio rival para Murilo.

A marca Bernardinho está novamente presente em uma final olímpica. Seu time enfrenta hoje, às 9h (de Brasília), a Rússia tentando repetir os feitos das seleções de Barcelona-92 e Atenas-04.

Ao longo de seus 11 anos à frente da seleção masculina, o treinador teve como mérito fazer boas transições entre uma geração e outra.

Ele promoveu renovações paulatinas e tornou o processo menos traumático para os novatos. Ao mesmo tempo, domou o ego dos veteranos, mostrando-lhes que poderiam ser tão importantes no banco quanto na quadra.

Foi assim nos Jogos de 2004, quando conduziu o time ao ouro. A geração de Maurício, Giovane e Nalbert passava o bastão para seus sucessores e novos protagonistas Ricardinho, Giba, Dante, Rodrigão e Escadinha.

Hoje, cabe a esses cinco veteranos passarem o legado aos mais novos. Praticamente todos eles se despedem de Olimpíadas na final de hoje contra os russos. E, salvo Escadinha e Dante, os outros três verão grande parte da decisão do banco de reservas.

"Essa entrega desses caras [veteranos]... Para que serve a experiência? Para um momento como esse. Nós estamos demonstrando que sabemos usar essa experiência no momento certo e decisivo", afirmou Bernardinho.

Para Giba, 35, ser coadjuvante não é novidade. No Mundial de 2010, ele já dava orientações do banco a Murilo, que acabou eleito o melhor jogador do torneio. Agora, em sua quarta Olimpíada, Giba mantém esse espírito.

"É um orgulho poder participar da minha terceira final olímpica consecutiva, cinco gerações depois que entrei na seleção, e dar o meu 100% tanto dentro quanto fora de quadra", afirmou.

Entre os veteranos, o mais elogiado por Bernardinho foi Ricardinho, 36. Após a semifinal, o técnico louvou o levantador por sua atuação como mentor de Bruno.

"O Bruno fez uma das melhores partidas dele na seleção contra a Itália. A presença do Ricardo cobrando e orientando o Bruno tem sido excepcional", afirmou.

A relação harmoniosa entre Bruno e Ricardinho soa como alívio para Bernardinho. O treinador reconvocou o veterano neste ano após tê-lo afastado da seleção por cinco anos -eles brigaram pouco antes do Pan de 2007.

Bernardinho busca hoje seu sexto pódio olímpico. Como jogador, foi prata em Los Angeles-1984. Como técnico, tem dois bronzes pela seleção feminina (Atlanta-96 e Sydney-00), e uma prata (Pequim-08) e um ouro (Atenas-04) pela masculina.

NA TV

Brasil x Rússia

9h Record, Bandsports, ESPN Brasil e SporTV

(MARIANA BASTOS)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.