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Mind the gap*

A cortina de ferro virou sucata

PAULO COBOS
EDITOR-ADJUNTO DE “ESPORTE”

O FIM da União Soviética pode ter sido ótimo em termos esportivos para a maioria das repúblicas que formavam o país.

O mesmo não se aplica aos países da "cortina de ferro", o bloco de países do Leste Europeu, então de regimes comunistas, que eram aliados soviéticos.

Em 1988, em Seul, na última Olimpíada antes do colapso do comunismo na região, Albânia, Hungria, Bulgária, Romênia, Iugoslávia, Tchecoslováquia e Polônia conquistaram, somadas, 118 medalhas, sendo 36 de ouro.

Se formassem um país, ficariam em terceiro lugar no quadro geral de medalhas, na frente até dos Estados Unidos.

Agora, em Londres, mesmo com a divisão da Iugoslávia e da Tchecoslováquia, o que praticamente dobrou o número de países da região, são apenas 62 medalhas conquistadas, 19 delas de ouro.

A Hungria, na nona posição geral, até impressiona, com seus oito ouros.

Mas, em Seul, o país foi ainda melhor, terminando na sexta posição, com 11 medalhas de ouro.

Pior acontece com os países mais pobres. A Bulgária foi o sétimo país com mais pódios em 1988 -foram 35, sendo que dez no lugar mais alto.

Nesta Olimpíada, os búlgaros medalharam em apenas duas provas, num fiasco impressionante.

A Romênia não tem em Londres metade das premiações de Seul, quando ficou na oitava posição.

Na ginástica, esporte em que sempre foi sinônimo de excelência, ganhou só uma medalha de ouro.

*Atenção ao vão (entre o trem e a plataforma), alerta típico do Metrô londrino

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