Atletas e cartolas fazem lobby pelo esporte nos Jogos

Após o fim da competição do pentatlo moderno, ontem no parque de Greenwich, atletas e dirigentes fizeram discursos em tom de pedido para o COI (Comitê Olímpico Internacional) não tirar a modalidade dos Jogos, possibilidade que tem sido debatida nos últimos anos.

"Este é um esporte que faz o atleta completo. É interessante, não existe motivo para sair", disse a brasileira Yane Marques, com a medalha de bronze no peito.

O secretário-geral da UIPM (União Internacional de Pentatlo Moderno), Joel Bouzou, declarou ontem que, apesar das discussões, a modalidade tem recebido "sinais positivos" do comitê.

"Vamos continuar organizando o esporte como espetáculo", afirmou o cartola.

O pentatlo estreou nos Jogos de Estocolmo, em 1912. Nos últimos anos, porém, o COI começou a debater sua permanência no calendário olímpico em razão da baixa popularidade do esporte no mundo, o que reproduz pouca audiência na televisão.

Para atrair o público, a União Internacional de Pentatlo Moderno mudou regras recentemente e instituiu a prova "combinada" no final, com tiro e corrida alternados. Antes, o tiro abria a disputa do pentatlo. Trocou-se também o tiro de chumbinho

pela pistola a laser.

A modalidade estará na Olimpíada do Rio, em 2016, mas no ano que vem o COI deve decidir qual será o programa olímpico em 2020. A continuidade do pentatlo moderno deve entrar na pauta das discussões dos dirigentes.

Ontem, atletas e cartolas usavam a empolgação do público com a prova combinada para mostrar que é possível dar fôlego e manter a modalidade numa Olimpíada.

Para 2016, aliás, o Brasil, como país-sede, já tem uma vaga garantida na modalidade. A estratégia é que Yane Marques consiga sua vaga através de uma classificação internacional, para que possa abrir caminho a outro atleta brasileiro. Assim, o país disputaria 2016 com dois competidores.