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Edgard Alves

Campeões no banco

Zé Roberto e Bernardinho têm conquistas que superam às dos recordistas de medalhas do Brasil

Os brasileiros com recordes pessoais mais espetaculares na história dos Jogos Olímpicos não ganham medalhas. São os técnicos das seleções de vôlei, José Roberto Guimarães, o Zé Roberto, da equipe feminina, e Bernardo Rezende, o Bernardinho, do time masculino. Nos Jogos, só os atletas vão ao pódio.

Zé Roberto é o único brasileiro que conquistou três títulos olímpicos, e Bernardinho, o que teve mais vezes seu trabalho no pódio, seis, sendo uma delas como jogador, sua única medalha. O cartel de ambos supera o dos astros da vela, Robert Scheidt, com dois ouros, duas pratas e um bronze, e Torben Grael, com dois ouros em cinco pódios.

As carreiras da dupla de técnicos são repletas de coincidências. Ambos estrearam em comissões técnicas como assistentes do ex-técnico Bebeto de Freitas. Enquanto atletas, serviram à seleção na mesma posição, a de levantador. Como técnicos, já dirigiram as seleções masculina e feminina. E têm passagem pelo vôlei italiano. Com a seleção e com clubes, acumulam títulos.

A grande diferença é o comportamento durante o trabalho. Enquanto Zé Roberto, mesmo em momentos de tensão, é contido, Bernardinho deixa transparecer explosão. Agora, após as campanhas em Londres, devem discutir novos contratos para o ciclo da Rio-2016. Independentemente de resultados, os dois são profissionais de alta competência para o trabalho no vôlei.

Zé Roberto, 58, foi campeão no comando da seleção no torneio masculino, em Barcelona-92, no primeiro título olímpico por equipe conquistado pelo Brasil. Depois, já com a equipe feminina, chegou ao ouro em Pequim-08 e agora em Londres.

Essa é uma marca inédita na Olimpíada, um técnico campeão com equipes dos dois gêneros. Outra passagem curiosa no currículo é a de gerente de futebol do Corinthians, função exercida pouco depois de deixar a seleção masculina, após a Olimpíada de Atlanta-96.

Bernardinho, 53 (no próximo dia 25), foi prata em Los Angeles-84, como jogador; depois, como técnico, bronze no feminino em Atlanta-96 e Sydney-00, e, a seguir, com o masculino, ouro em Atenas-04, e prata em Pequim-08 e agora em Londres. Mostrou discernimento ao convocar o filho Bruno para a seleção, que o tempo mostrou uma atitude acertada. Fora das quadras, é requisitado para palestras, em que destaca conceitos sobre liderança, motivação, equipe e perseverança.

Com técnicos desse porte, o vôlei brasileiro tem tudo para fazer bonito em 2016.

COMO ESCRITO

aqui como algo possível em 25 de junho, sob o título "O Brasil é penta", Yane Marques, uma pernambucana arretada, arrebatou o bronze na derradeira tentativa do Brasil.

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