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Edgard Alves

Um título inesquecível

O basquete festeja as bodas de prata do triunfo no Pan-87, mas há 48 anos não sobe no pódio olímpico

O basquete brasileiro teve pouca coisa para festejar nos últimos tempos, mas sua rica história é repleta de fatos para rememorar.

Nessa balada, os veteranos da campanha dos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis-1987, finalizada com a medalha de ouro e a memorável vitória sobre a seleção dos Estados Unidos, festejaram os 25 anos daquela conquista no clube Pinheiros, em São Paulo.

Lá estiveram Marcel, Gérson, Rolando, Israel, Paulinho Villas Boas, Pipoka, Guerrinha, Cadum, Silvio e Maury, além do técnico Ary Vidal e do assistente José Medalha. Oscar e André, com compromissos no exterior, foram as ausências.

Embora o Pan seja uma competição regional, das Américas, as disputas de Indianápolis foram um marco para o basquete mundial, que valem ser comemoradas.

Isto porque, a partir daquela derrota, os dirigentes dos EUA, indiscutivelmente a potência do basquete mundial, passaram a considerar a hipótese de formar suas seleções com jogadores da milionária liga profissional NBA.

Novo fracasso na Olimpíada de Seul-1988 dissipou qualquer dúvida. E o basquete passou a contar com o "Dream Team" (Time dos Sonhos) em Barcelona-1992.

Curioso nesse reencontro da turma do Pan foi observar como o esportista muda de rumo. Começa cedo no esporte e passa a impressão de que ali permanecerá eternamente. Não é assim. Em alguns casos, o esporte vira uma atividade paralela à principal.

Do grupo, Guerrinha é o único que continua vinculado exclusivamente ao basquete, como técnico em Bauru. Cadum tem uma agência de turismo, mas retorna às quadras como técnico. Marcel, médico, está sempre disponível como treinador ou assessor esportivo. Maury é cirurgião (especialista em trauma bucal), Oscar, comentarista de TV, Paulinho, funcionário do Comitê Olímpico Brasileiro, Gérson, dono de salão de beleza, Silvio, especialista em sistemas de qualidade, Rolando, professor universitário, André, locador de limusines em Nova York, e Pipoka atua em projeto com 60 mil participantes em centros olímpicos de Brasília.

Dentro de dois anos haverá outra efeméride do basquete masculino: o cinquentenário do bronze dos Jogos de Tóquio, a única medalha de todos os esportes que a delegação nacional trouxe da capital japonesa. Foi também a última vez que o time masculino brasileiro subiu ao pódio em uma Olimpíada.

Após não enviar o time masculino a três edições olímpicas em sequência, o basquete do Brasil conseguiu retornar aos Jogos em Londres, neste ano, onde mostrou um nível técnico comparável aos das melhores seleções do planeta.

Como visto, festejar o passado está na agenda, a batalha agora é por novas conquistas, o que tem se mostrado difícil, porém possível.

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