Série A

Nota para descenso é a menor de toda história

Nunca foi preciso fazer tão pouco para se livrar do rebaixamento para a Série B.

O primeiro turno fechou com a menor nota de corte para ficar fora do grupo do descenso da história do formato atual -pontos corridos com 20 clubes, iniciado em 2006.

O Palmeiras, que enfrenta hoje a Portuguesa, no Canindé, é o primeiro entre os times da zona de rebaixamento.

Nas primeiras 19 partidas, somou apenas 16 pontos. Está um atrás do Bahia, 16º e hoje livre da segunda divisão.

Se fosse em edições anteriores, teria de tirar uma desvantagem consideravelmente maior para deixar o posto.

Nos dois últimos anos, o primeiro time fora da zona de rebaixamento tinha na metade do campeonato três pontos, ou uma vitória, a mais.

Antes desta temporada, a menor nota de corte era a de 2009: 19 pontos, do Coritiba. Por outro lado, o Figueirense, 16º nesse momento em 2007, tinha 24 pontos, sete a mais do que o Bahia atual.

Apesar da queda de desempenho dos candidatos à Série B, o Palmeiras mantém suas contas. "Na nossa opinião, 46 pontos são suficientes para escapar do rebaixamento", disse o gerente de futebol do clube, César Sampaio.

Os cálculos consideram apenas a história do Brasileiro. A meta palmeirense é a menor pontuação que nunca provocou um rebaixamento.

Mas apenas uma vez uma equipe que somou 45 pontos caiu, o Coritiba, em 2009. Já houve até uma edição, a de 2006, em que o melhor time rebaixado fez só 39 pontos.

Para tentar tirar a facilidade de escapar do rebaixamento da teoria, o Palmeiras terá hoje quatro reforços: Thiago Heleno, Artur, Márcio Araújo e Maikon Leite.

Ontem, o vice presidente Roberto Frizzo anunciou que o clube mandará o clássico contra o Corinthians, em 16 de setembro, no Pacaembu, e não em Presidente Prudente, como a diretoria cogitava.

Colaborou LUIZ COSENZO, de São Paulo