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 2014

Com Copa, tatu-bola ganha chance de não sumir

ONG quer Fifa atuante em projeto de proteção

MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

O tatu-bola ainda não foi oficializado como a mascote da Copa-14 -o anúncio ocorrerá até o fim do mês-, mas o grupo que sugeriu o animal como símbolo do Mundial também espera utilizá-lo para captar recursos para um projeto de preservação da espécie, ameaçada de extinção.

A Associação Caatinga busca obter apoio da Fifa, que divulgaria os riscos que o tatu-bola corre e encontraria interessados em contribuir com o projeto da ONG cearense.

O grupo já se articula com o governo federal para convencer a Fifa. Ontem, representantes da ONG se reuniram com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Segundo Rodrigo Castro, secretário-executivo da Associação Caatinga, o Ministério do Meio Ambiente se propôs a enviar uma carta à Fifa pedindo apoio ao projeto. Uma outra reunião deve ocorrer até o fim do mês com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

A transformação do tatu em bola, como mecanismo de defesa, foi o gancho usado pela ONG para mostrar à Fifa que seria interessante ter a espécie como mascote. O ex-jogador Ronaldo, membro do COL (Comitê Organizador Local da Copa), foi um dos defensores da ideia.

PRESERVAÇÃO

O projeto trabalha com três princípios para combater a extinção: educação ambiental, proteção de áreas de ocorrência e trabalho em pesquisa para atualizar dados da espécie, que estão defasados.

A população do Tolypeutes tricinctus, o tatu-bola, despencou 30% nos últimos dez anos. Morador da caatinga e também de áreas do cerrado, o mamífero provavelmente está sendo vítima da expansão do agronegócio em áreas como a Bahia, o Piauí e o centro-leste de Mato Grosso.

Já há empresas parceiras da Fifa com potencial para ajudar e que serão procuradas. A Coca-Cola, que desde 1978 patrocina Mundiais, lançou no fim de semana campanha agregada à mascote.

A ONG diz que a proposta prevê que parte do arrecadado com a venda dos produtos ligados à mascote, como bichos de pelúcia, seja enviada à ação de preservação.

A Fifa e o COL afirmam que só irão se pronunciar quando o símbolo da Copa do Mundo for oficializado.

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