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Brasil fica em 7º e revê objetivo de top 5 no Rio

PARAOLÍMPIADA País terá R$ 300 mi, mas prevê a melhoria de rivais

JAIRO MARQUES
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Apesar de ter evoluído no ranking de medalhistas de ouro dos Jogos Paraolímpicos em suas últimas quatro edições, o Brasil pretende rever a meta de estar entre os cinco melhores na Rio-2016.

Com seis medalhas de ouro nos dois últimos dias de competição, os brasileiros ultrapassaram a Alemanha, país que vinha em intensa disputa, e garantiu o sétimo lugar no quadro, com 21 ouros e 43 medalhas no total.

"Nossa participação foi a melhor possível. Atingimos nossos objetivos gerais. O número total de medalhas foi menor do que em Pequim [47], o que atribuímos a lesões e desclassificações de alguns atletas", disse Andrew Parsons, presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).

A revisão da meta brasileira decorre de resultados abaixo do esperado por potências paradesportivas como o Canadá (20º) e a provável melhoria de desempenho da Alemanha, Austrália e dos EUA, nações que possuem centros específicos de treinamento dos paraolímpicos.

A forte dependência do país de resultados de poucos para-atletas (apenas o nadador Daniel Dias ganhou 28,5% do ouro do país) não preocupa o comitê, que afirma ter boa base de renovação na maioria dos esportes.

Parsons declarou que a estratégia brasileira vai continuar sendo dar foco ao programa de competidores de alto desempenho, na busca por medalhas de ouro.

"Os resultados de ouro nos dão mais visibilidade e aumentam as chances de captar mais recursos. Ainda há muito pouco apoio da iniciativa privada ao paradesporto", diz o presidente do CPB.

Para os preparativos da Rio-2016, os recursos projetados pelo comitê para serem aplicados são em torno de R$ 300 milhões, quase o dobro do aplicado entre 2008 e 2012.

Como próxima sede dos Jogos, o Brasil terá vaga garantida em todas as modalidades. Em Londres, a participação foi em 18 das 20.

Esportes como o levantamento de peso, rúgbi em cadeira de rodas, basquete em cadeira de rodas, vela e tiro com arco terão de ter maior organização e intensificação dos trabalhos para competir de igual para igual com outras nações, segundo o CPB.

Campeã da Paraolimpíada com um resultado impressionante de 95 ouros (quase o total do 2º, 3º e 4º colocados juntos), a China vai fazer uma parceria de cooperação técnica com o Brasil para o próximo evento.

O jornalista JAIRO MARQUES viaja a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro

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