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 2014

CBF admite não ter poder para escolher adversários

Marin diz que árabes definem rivais do Brasil

BERNARDO ITRI
ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA

A menos de dois anos para a Copa-2014, resta para a seleção brasileira usar jogos amistosos para se preparar para a Copa das Confederações, em 2013, e o Mundial.

A CBF, porém, admite que não tem o poder de escolher os adversários da seleção. A marcação dos jogos precisa passar pelo crivo da ISE, empresa árabe que tem contrato com a entidade até 2022.

"Eu sou o maior interessado em que a seleção enfrente seleções fortes. Eu quero jogar contra seleções grandes. Mas não depende só de mim", afirmou à Folha o presidente da CBF, José Maria Marin.

"Se algum país se oferece para jogar com a seleção brasileira, eu posso até falar que quero, mas tem que passar pela empresa árabe [International Sports Events], que define os jogos da seleção."

De acordo com o cartola, aliás, está em negociação um próximo amistoso contra o Iraque, em outubro.

"Você acha que eu não quero jogar contra seleções grandes? Mas veja: o Brasil jogou contra a China e venceu por 8 a 0. A Espanha, campeã do mundo, jogou contra a China e ganhou só de 1 a 0. O Brasil jogou contra a Suécia e teve uma vitória incontestável, jogou bem. E a Suécia também só venceu a China por 1 a 0."

POLÊMICAS

O presidente da CBF, porém, confirmou que acertou com Portugal a realização de dois amistosos com a seleção para o próximo ano.

"Está certo. Eu falei com o presidente da federação portuguesa pessoalmente e vai ter um jogo aqui no Brasil e outro lá. No ano que vem. Assim como os jogos com a Inglaterra."

Em Fortaleza, onde estava anteontem para o lançamento da Copa do Nordeste, torneio regional, José Maria Marin ouviu pedidos para que a partida contra Portugal fosse no Castelão, primeiro estádio da Copa-2014 que deve estar pronto. Mas o cartola garantiu que não há local definido.

"Não, não tem nenhum lugar acertado ainda. Então eu não posso falar onde vai ser para não criar expectativa. Veja, o que está certo é que vão ser dois jogos, um aqui e um lá, sem local definido", disse.

Marin comentou as últimas convocações do técnico Ma-no Menezes, que renderam polêmica por incluir Cássio, goleiro do Corinthians e agenciado pelo empresário do treinador, Carlos Leite.

"Enquanto eu estiver como presidente da CBF, eu vou querer ver a lista de convocados antes de ela ser divulgada. Mas veja: a última convocação teve o Ramires. Todo mundo queria o Ramires. Todos sabíamos que ele deveria estar na lista. O Paulinho está jogando muito bem, tinha que estar na lista e estava. O goleiro do Corinthians era uma das opções."

O presidente da CBF ainda fez uma cobrança: "Jogador da seleção tem que estar lá porque quer, estar comprometido, ser responsável. Eu não veto ninguém, mas quem não quiser ir para a seleção não ter que ir mesmo. Ninguém tem que estar na seleção como se estivesse fazendo um favor", afirmou Marin.

O jornalista BERNARDO ITRI viajou a convite do "Esporte Interativo"

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