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Após se curar de leucemia, Narciso tem 2ª chance entre profissionais antes do que havia planejado

DE SÃO PAULO

O projeto de Narciso de se tornar treinador de times profissionais aos 40 anos pode ser antecipado em dois.

Especialista em trabalhar com as categorias de base, o ex-zagueiro se senta hoje no banco de reservas palmeirense como interino, mas seu plano é se tornar efetivo.

"Eu tinha meu projeto 40 (risos). Acho que estaria bem amadurecido daqui a dois anos para começar a trabalhar com os profissionais. Mas as coisas acontecem rápido no futebol. Quando isso [oportunidade] aparece, temos de agarrar com unhas e dentes", disse Narciso, 38, que comandava a equipe sub-20 palmeirense.

Ele só teve uma experiência até hoje em equipes profissionais, no ano passado, quando assumiu o Sergipe.

Natural do Estado, Narciso foi convidado depois de ter sido demitido do time de juniores do Santos. Em sua terra natal, ele encontrou um clube desestruturado. Pouco mais de um mês depois de chegar, pediu demissão e acertou com o Corinthians.

No rival palmeirense, conseguiu ser campeão da Copa São Paulo de futebol júnior deste ano, em janeiro, mas acabou demitido em julho, depois de algumas mudanças na diretoria do departamento amador corintiano.

Duas semanas depois disso, ele assinava contrato com o Palmeiras.

"Passou. A coincidência de enfrentar o Corinthians está aí, mas não tem nada de vingança, não", disse.

Acostumado a formar jogadores, Narciso terá em mãos hoje um time experiente e admite que Marcos Assunção será uma espécie de treinador dentro de campo.

Delegar funções nas quatro linhas a atletas rodados foi um dos aprendizados que Narciso teve observando seu ídolo no banco de reservas, Vanderlei Luxemburgo, com quem trabalhou no Santos e na seleção brasileira.

"Ele [Luxemburgo] era o cara que conseguia mudar o jogo com uma alteração", disse Narciso, que não tem um esquema tático preferido. "Não adianta escalar o time num 4-3-3, por exemplo, se você não tem jogadores para isso no seu elenco."

Narciso deixou de ser jogador em 2005, cinco anos depois de ter sido diagnosticado com leucemia. Ele fez um transplante de medula e foi considerado curado em 2003. "Por isso, cada passo novo na vida tem que ser comemorado", afirmou o interino.

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