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Diretoria conversa com atletas e não deve efetivar Narciso

SÉRIE A Após derrota, jogadores pedem treinador com mais experiência para tentar reverter situação do time

DE SÃO PAULO

A diretoria do Palmeiras não deve efetivar Narciso, uma ideia caseira que ganhou adeptos na sexta-feira passada, quando Jorginho não topou deixar o Bahia.

Ontem, ainda no vestiário do estádio do Pacaembu, o presidente Arnaldo Tirone, o vice Roberto Frizzo e o gerente de futebol César Sampaio ouviram alguns jogadores mais experientes do elenco.

O discurso foi de que é preciso comando, algo que Narciso, inexperiente em trabalhar com equipes profissionais, ainda não tem.

"A mudança era necessária [saída de Luiz Felipe Scolari]. Se o Narciso fica ou não, dependerá da diretoria, mas é importante alguém experiente", disse o atacante Barcos, o único a tocar no tema.

O problema é: quem contratar? Com a rejeição a Emerson Leão, o não que receberam de Jorginho e a pouca empatia a treinadores que estão desempregados, os dirigentes rezam para que haja mudança no comando técnico de algumas equipes em curtíssimo espaço de tempo.

Os preferidos agora são Dorival Júnior (Flamengo) e Gilson Kleina (Ponte Preta), ambos empregados. "Temos alguns nomes. É preciso alguém que atenda as necessidades e que tenha representatividade", disse César Sampaio, que deu entrevista abatido, com olhos marejados.

Tirone tem antiga simpatia por Dorival Júnior, que faz campanha ruim no Flamengo, clube que também flerta com as últimas posições.

Na quinta-feira, logo depois da confirmação da saída de Scolari, Tirone ligou para Zinho, diretor do Flamengo. Dele ouviu que Dorival não é intocável. O problema é que o flamenguista recebeu adiantado seis meses de salário, quando assumiu o clube carioca, em julho.

Gilson Kleina, da Ponte Preta, já foi sondado por um intermediário, e Tirone passa a analisar com mais carinho a possibilidade de dobradinha Sérgio Guedes, que está desempregado, como treinador e Evair como auxiliar.

Narciso, que estará na reapresentação do elenco amanhã, disse que, se o Palmeiras for contratar um treinador, precisa ser "o cara".

"Precisa resolver. Eu acho que o time jogou bem, melhor do que o Corinthians. Sou funcionário do clube. Para o que me solicitarem estarei à disposição", disse o interino.

MEDO

Jogadores e diretores deixaram o estádio do Pacaembu ontem com medo dos torcedores. Alguns, como Maikon Leite, perguntavam aos seguranças se era seguro ir em carro particular. A resposta era: "Cuidado".

A segurança será reforçada no CT, e os jogadores serão aconselhados a evitar ir ao banco no qual o clube mantém as contas dos funcionários. Foi lá que Vágner Love, por exemplo, foi agredido.

(MARCEL RIZZO)

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